Dodô, ex-atacante e atualmente cometarista - Reprodução/YouTube
Um dos grandes nomes do futebol brasileiro, Dodô foi o convidado do Charla Podcast deste domingo (9) e relembrou algumas passagens marcantes da carreira, sobretudo no SPFC onde explodiu a nível nacional e teve o privilégio de trabalhar com Telê Santana, quem ele considera ser diferente de todos.
“Seu Telê foi um cara que…primeiro respeito, né. Eu nunca vi igual na minha vida e olha que eu tive vários técnicos. A gente molecada e até o pessoal mais velho lá no refeitório da Barra Funda, todo mundo brincando e aí entrava o Telê todo mundo ficava quieto. Impressionante, isso é o respeito”, inicia.
Amante do futebol bem jogado, Telê era exigente com os campos do CT do SPFC e diariamente checava a qualidade do gramado. Antes da atividade, insistia para que os atletas chegassem cedo para treinar fundamentos básicos, mas essenciais.
“Ele chegava cedo pra ver a qualidade do campo, sempre quis gramado perfeito para treinar e jogar. Ele te fazia praticar. Jogadores daquela época a qualidade técnica era muito boa, eu tinha que chegar 40′ minutos antes do treino para bater na bola, dar passe, pra bater de direita, esquerda, para cabecear. Era obrigado, fazia parte”, conta Dodô.
Dodô relembra ‘bronca’ de Telê em treino do SPFC
Iniciando sua trajetória pelo São Paulo, Dodô também ‘sofreu’ com as broncas do mestre Telê Santana. Logo de cara, levou um ‘puxão de orelha’ na frente de todos.
“Eu cheguei contratado e achei que estava com moral. Primeiro treino, nunca esqueço. Estava batendo bola, seu Telê veio e falou: “É esse aí que a gente contratou? Não é assim que bate na bola, é assim, assim, tem que chegar meia hora antes’. Tipo, rasgou. Então, isso amadurece, você aprende”, recorda.
Além de cobrar, o então técnico do SPFC ensinava na prática e, de fato, dava aula aos seus comandados que ficavam impressionados.
“Ele falava: ‘Meu, como você vai jogar bola se não sabe passar a bola?’ É o que a gente vê hoje. O velho era chato, batia na bola e fazia. Pegava o cone, virava ao contrário e você tinha que bater pra ela entrar dentro do cone. Ele gostava dessa batida por baixo pra cortar e a água sair da grama. Era referência total”, diz Dodô.

