O Campeonato Brasileiro de 2005, vencido pelo Corinthians, é lembrado até hoje por conta das manipulações de resultado que aconteceram na época. O experiente árbitro Edílson Pereira de Carvalho, estava envolvido em um esquema de apostas esportivas, na qual ele recebia dinheiro para manipular partidas e beneficiar apostadores.
Na época, todos os 11 jogos que Edílson apitou no Brasileirão foram remarcados e os pontos foram retirados dos times vencedores. Com essas remarcações, o maior “beneficiado” foi o Corinthians, que assumiu a liderança e acabou campeão.
Em entrevista ao canal “Cartolouco”, Edílson Pereira de Carvalho revelou que o seu time de infância é o Corinthians, mas que nunca ajudou o Timão a vencer uma partida.
“Sempre fui (corintiano). Meu pai era corintiano, minha mãe corintiana e eu ficava ali assistindo, era fanático. Mas, eu já apitei dezenas de vezes o juvenil, juniores e profissional do Corinthians, e nunca influenciei, nunca”, contou Edílson.
Na sequência, o ex-árbitro relembrou uma partida do Alvinegro que ele apitou, pela última rodada do Paulistão de 2004, onde o clube poderia ter sido rebaixado.
“Teve um jogo em 2004 que eu apitei, o Corinthians estava para cair no Paulista, jogou contra a Portuguesa Santista no Pacaembu e perdeu. Quem salvou o Corinthians nesse dia foi o Grafite”, completou.
Máfia do Apito não teve influencia no título do Corinthians
Em outro momento, Edílson Pereira de Carvalho disse que o Corinthians foi campeão Brasileiro apenas por mérito dele, sem nenhuma influência do escândalo de arbitragem. Mas, na opinião dele, o campeonato deveria ter acabado quando o esquema foi descoberto, ao invés dos jogos terem sido remarcados.
“O Corinthians aproveitou os dois jogos (remarcados) e não tem nada a ver com arbitragem e com a merda que o Edílson Pereira de Carvalho fez. Foi campeão por competência exclusiva do Corinthians. O imbecil da história foi o Edílson Pereira de Carvalho. O campeonato, penso eu, deveria terminar por ali”, opinou.
Por fim, Edílson admite que, apesar de ser torcedor do Corinthians, torceu para o Alvinegro não ser campeão para amenizar o problema para o seu lado.
“Apesar de corintiano, eu torci para o Corinthians não ser campeão, senão viria tudo contra mim”, finalizou.
Vale destacar que, após a descoberta do escândalo, Edílson foi banido do futebol. Na época, ele era árbitro Fifa e apitava grandes jogos do futebol sul-americano.