A jornalista Milly Lacombe cobrou do Botafogo alguma punição em relação à revelação do UOL Esporte de que o atacante Luiz Henrique recebeu R$ 40 mil de apostadores em fevereiro deste ano após tomar cartões amarelos quando atuava pelo Bétis, da Espanha.
O atleta estaria envolvido no caso de Lucas Paquetá, que foi denunciado pela FA (Footbal Association), na Inglaterra, mas não foi investigado na Espanha, onde atuava por sua antiga equipe, que o vendeu ao Botafogo no início do ano.
Luiz Henrique chegou a ter seu nome ligado ao suposto esquema, mas não se tornou investigado no caso. Agora, a reportagem do UOL revelou que um tio e um primo de Paquetá fizeram duas transferências via PIX ao jogador do Botafogo: uma de R$ 10 mil e outra de R$ 30 mil.
Durante o programa Fim de Papo, do UOL Esporte, Milly Lacombe usou as ações de John Textor contra manipulação no futebol como gancho e cobrou uma atitude concreta do Botafogo sobre o camisa 7.
“Imagino que o Textor, muito preocupado com a correção no futebol – ano passado ele estava avaliando comportamento e levou um dossiê para Brasília -, vá afastar o Luiz Henrique imediatamente até que as coisas sejam esclarecidas”, disse a jornalista durante o programa.
“As acusações são muito graves. É óbvio que isso não vai acontecer. Mas deveria, por um mínimo de coerência”, seguiu Milly Lacombe.
Empresário defende Luiz Henrique
À reportagem do UOL, o empresário do atleta do Botafogo, Junior Mendoza, destacou que o caso sequer teve andamento na Espanha e criticou a postura da retomada meses depois no Brasil.
“O atacante Luiz Henrique já prestou os seus devidos esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos responsáveis”, deixou claro o empresário.
“Inclusive, o caso já foi investigado e arquivado pela Federação Espanhola. O tema vir à tona num momento tão decisivo para o Botafogo e, na semana de convocação para seleção brasileira, nos causou surpresa e estranheza, visto que o jogador não é objeto de investigação ou procedimento por violações desta natureza”, concluiu Mendoza.