Home Futebol Alexandre Mattos narra como era a estrutura do Palmeiras em 2015: “Não tinha onde tomar café”

Alexandre Mattos narra como era a estrutura do Palmeiras em 2015: “Não tinha onde tomar café”

Diretor executivo do Cruzeiro trabalhou no Verdão por quase cinco anos, onde ajudou na reconstrução do clube

André Salem
Jornalista desde 2016, redator do Torcedores.com desde 2022. Apaixonado pelo futebol brasileiro, escrevo principalmente sobre o Brasileirão Série A.

Alexandre Mattos trabalhou no Palmeiras entre 2015 e 2019 (Cesar Greco/Palmeiras)

Se hoje o Palmeiras é um dos grandes protagonistas do Brasil e da América do Sul, deve-se muito a reestruturação que aconteceu no clube em 2015, sob o comando de Paulo Nobre e Alexandre Mattos.

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Mattos ficou no clube até 2019 e ajudou a plantar os frutos que o Verdão colhe hoje em dia. Não só por ter contratado muitos jogadores que ainda estão no elenco atualmente, mas, principalmente, melhorando a estrutura e as categorias de base do clube.

Em entrevista ao “Charla Podcast”, Mattos relembrou como era o Alviverde quando ele se tornou diretor executivo.

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“Quando eu cheguei no Palmeiras, não era o Palmeiras de hoje. Não estou falando da camisa, instituição, torcida… isso sempre existiu de forma grandiosa. Mas, o Palmeiras entre 2002 a 2015, sofreu muito, com rebaixamentos e tal. Nunca deu atenção para as categorias de base, não tinha estrutura. A estrutura era catastrófica”, iniciou Mattos.

“Eu estava há 10 dias no Palmeiras, o Paulo Nobre me pediu um diagnóstico em 30 dias. Em uma semana estava pronto o diagnóstico. Eu falei: ‘esquece tudo, esquece jogador, jogador eu arrumo emprestado, de graça… se quer um Palmeiras forte, precisamos investir na estrutura”, disse.

Alexandre Mattos dá detalhes sobre a estrutura

Na sequência, o diretor executivo falou como eram as instalações do clube paulista.

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“O cara tinha que tomar café em casa porque não tinha onde tomar café. Aí, treinava, tomava banho no vestiário que era muito horrível, pegava um ônibus, andava 50 minutos no trânsito de São Paulo, ia na churrascaria, almoçava, ai andava mais 30 minutos para um hotel, descansava no hotel 1h30, pegava um ônibus, ia de novo para a Academia de Futebol, treinava, tomava banho e ia para casa jantar”, contou.

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Mattos, então, seguiu falando como era a estrutura palmeirense.

“Em 2015, o Palmeiras não tinha GPS que bota no jogador. O departamento de análise tinha um profissional só e que não tinha sala, não tinha equipamento nenhum. Ele gravava o vídeo em um DVD e entregava para o treinador olhar o adversário. Isso era o Palmeiras. Falei que precisava de R$ 30 milhões para reformar a Academia de Futebol e o Paulo Nobre topou”, concluiu.

Palmeiras tem grandes jogador por causa da estrutura

Por fim, Alexandre Mattos afirma que uma boa estrutura é fundamental para ter bons profissionais no clube. Na opinião dele, Abel Ferreira e os jogadores de hoje em dia não estariam no Verdão se não fosse essa melhora.

“Se hoje está o Abel Ferreira e vários jogadores bons é porque tem estrutura boa. Naquele momento, não tem como imaginar o Palmeiras brigando pelos principais jogadores. Além de não ter estrutura, não pagava em dia, devia todo mundo, não brigava por títulos”, finalizou.

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