Flávio Prado é comentarista da rádio Jovem Pan - Reprodução/YouTube
A Libertadores não é mais a mesma para times de outros países, principalmente, Argentina e Uruguai, que nadavam de braçada até a década de 1990. Desde que o Brasil passou a priorizar a competição e mais recentemente conseguiu ter muito mais poder aquisitivo que os rivais, na maioria da vezes times do futebol brasileiro dominam o torneio e a situação não deve mudar, segundo Flávio Prado.
“Esse é um problema que a Conmebol está tendo que administrar porque a condição financeira dos clubes brasileiros é superior à maioria dos clubes da América do Sul. O Boca tem sérias dificuldades financeiras, o próprio River tem condição mais estabilizada, mas o Gallardo tem dificuldade de acertar o time”, exemplificou o comentarista, durante o “Bate-Pronto”, da rádio Jovem Pan.
Segundo o jornalista, os clubes mais fortes financeiramente do Brasil são atualmente Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG e Botafogo, e os quatro deverão seguir brigando pelo título da Libertadores novamente nos próximos anos.
Em 2024, são grandes as chances da competição sediar novamente uma final entre dois clubes do Brasil, repetindo 2020, 2021 e 2022.
Nos jogos de ida das semifinais, o Botafogo goleou o Peñarol, por 5 a 0, e pode perder até por quatro gols de diferença nesta quarta-feira (30), em Montevidéu, que ainda assim se classifica para a decisão.
No outro lado, o Atlético-MG venceu o River Plate, por 3 a 0, em Belo Horizonte, e avança à final mesmo se for derrotado nesta terça-feira (29), por até dois gols de diferença, na Argentina.
“A hegemonia do Brasil passa muito pela condição financeira. Você tem hoje no Brasil um Flamengo estabilizado financeiramente, o Palmeiras, o Botafogo, o Atlético-MG e mais alguns se estabilizando. A maioria está estabilizada e no ano que vem estará brigando de novo pelo título da Libertadores”, avaliou o jornalista.
“O futebol brasileiro está sobrando. A Libertadores acaba sendo a extensão do Campeonato Brasileiro. Não vejo muita chance de mudança nesse curso”, alertou Flávio Prado sobre o domínio de brasileiros no torneio continental.

