Muller foi bastante duro ao abordar o empate do Brasil, fora de casa, contra a Venezuela. Fortemente marcado pelos rivais, Vinícius Júnior teve uma oportunidade de ouro para balançar as redes, mas falhou em converter o pênalti sofrido no segundo tempo. Neste cenário, a atitude do camisa 7 em não correr até a bola antes do arremate foi detonada pelo ex-jogador.
Na visão de Muller, apenas craques como Nelinho, Aílton Lira, Dicá e Zico poderiam cobrar o pênalti andando. Aproveitando o gancho, o comentarista destacou que Vinícius Júnior, diferentemente do rendimento no Real Madrid, está longe de assumir o destaque esperado à serviço da seleção.
“O Vinícius Júnior bateu muito mal. Veio, parou e chutou em cima do goleiro. O Nelinho, Aílton Lira, Dicá, Zico e Maradona, esses jogadores eram gênios, batiam pênalti andando e nunca erravam porque eram gênios. O Vinícius Júnior não é gênio. Ele é um bom jogador do Real Madrid. Mas, para a seleção brasileira, até agora não tem dado muito do seu contributo.”, disse o tetracampeão do mundo, no Canal do Muller.
Seleção brasileira encara o Uruguai na sequência das Eliminatórias
Atuando em casa, o Brasil possui a oportunidade de encerrar o ano sem uma grande pressão. Porém, como o próximo adversário será o Uruguai, Muller não deposita expectativas de que a seleção, de fato, vai encantar os torcedores ao vencer o adversário complicado.
“Nenhuma seleção do mundo respeita o Brasil. Infelizmente! A Venezuela, antigamente, levava um sacode da seleção brasileira. Precisa melhorar contra o Uruguai. Será que vai? Eu não acredito muito, até porque o Uruguai tem um timaço, independente dos problemas com o Bielsa. Dentro de campo, o time é muito bom.”
“Se a seleção brasileira não tiver 10 jogadores titulares, vai continuar nessa tiriça. Não vai ganhar de ninguém. Nenhum jogador 100% titular. Foi-se a época que a seleção metia medo nos adversários. Hoje, são os adversários que metem medo nessa seleçãozinha pobre.”, disparou.
Muller detona ausência de padrão de jogo na seleção brasileira
Além de Vinícius Júnior, Muller acredita que o Brasil é totalmente dependente de Raphinha. Revoltado com o padrão tático da equipe, Muller sinalizou a ausência de protagonismo dos jogadores que costumam brilhar no futebol europeu.
“É bem verdade que a seleção brasileira não tem padrão de jogo, estilo e princípio de jogo. O padrão de jogo da seleção é tocar a bola para o Raphinha ou Vinícius Júnior e eles tentarem uma jogada individual. Isso é muito pouco para a seleção brasileira.”
“Esses jogadores são bons nos times deles. Mas, para a seleção brasileira, eles estão muito longe.”, opinou.