
Fernando Diniz, ex-técnico da seleção (Vitor Silva/CBF)
Fernando Diniz vê Paulo Henrique Ganso como um talento extremamente raro no futebol. Após o trabalho ao lado do meia, o ex-comandante do Fluminense avalia que, em caso de maior atenção, o camisa 10 teria disputado mais de uma Copa do Mundo na carreira. Neste cenário, Xavi e Iniesta, ídolos do Barcelona e da Espanha, foram incluídos para refletir o nível extraordinário visto no Brasil.
“Na Espanha tinha o Xavi e o Iniesta, né? O Ganso, de genialidade, não perde para ninguém. Ele é gênio. Talvez, se ele tivesse sido mais ouvido, mais escutado na base, talvez ele tivesse disputado duas, três Copas do Mundo. O Ganso, o futebol e o Brasil iam ganhar, porque a qualidade dele é monstruosa.”, disse Diniz, em entrevista ao Charla Podcast.
Exigência no futebol atual
Em relação ao futebol atual, Diniz considera que todos os jogadores em campo precisam de uma forte dedicação. Trazendo uma reflexão sobre outros artistas, o técnico relatou uma brincadeira envolvendo os treinos de Ganso.
“O que se aprende na base com os caras talentosos? Se você é talentoso, você não precisa trabalhar tanto. Os outros correm e você pensa. Você ensina o cara que é talentoso que ele não precisa trabalhar. Até os grandes artistas, pintores e escritores, trabalham. Cada um dentro da sua característica. O futebol foi mudando. Hoje, não se admite ninguém ficar parado.”
“Em 2019, quando ele veio para o Fluminense, ele disse que estava correndo na praia. Eu falei: ‘Por que você corre no campo em vez de correr pra praia?’. Ele dava risada.”, contou.
Conexão entre Diniz e Ganso
Confiando em Ganso, Diniz transformou o meia em um dos pilares do Fluminense. Além de instruções do desempenho nos gramados, algo importante para o título da Libertadores de 2023, sempre existiu uma preocupação atrelada ao maestro do Tricolor.
“Foi uma questão de conexão. Eu tenho uma conexão muito forte com o Ganso, ele sabe disso. É gostar e se preocupar. É um dos caras mais diferentes que apareceram no futebol nos últimos anos. Ele é diferente mesmo.”, externou.