
Emerson Leão, ex-goleiro e ex-técnico (Reprodução/YouTube)
Emerson Leão repercutiu a polêmica entre Neymar e Rivaldo. O camisa 10 pentacampeão mundial em 2002 rebateu o novo atacante do Santos, que opinou que poderia ocupar a sua vaga na seleção brasileira titular da Copa do Mundo disputada na Coréia do Sul e no Japão.
O ex-goleiro foi um dos reservas de Félix no Mundial de 1970. No escrete canarinho tricampeão do mundo, Neymar acredita que teria vaga no ataque substituindo Tostão.
Leão: “Neymar era superior a alguns atacantes de 1970”
Mesmo opinando que Neymar foi melhor do que alguns atacantes do Brasil de 1970, Leão afirmou que o craque, que deve reestrear amanhã (5) pelo Peixe contra o Botafogo-SP pelo Paulistão, teria que batalhar por um lugar na lendária equipe que triunfou no México.
“Aquele time jogava coletivamente. E muitas vezes o Neymar joga individualmente. Agora, eu acho que ele era superior sim a alguns jogadores da seleção de 70 ofensivo”, avaliou Leão, em entrevista para o narrador Nilson Cesar. “Ele teve bola, ele teve capacidade pra, eu diria sim, prestar um vestibular de futebol em 1970”.
Já o narrador da Jovem Pan afirmou que não tiraria nenhum jogador da seleção tricampeã mundial em 1970 para colocar Neymar.
“Edu jogaria na vaga do Rivellino”
Em contrapartida, Emerson Leão trouxe uma ideia que, segundo o ex-arqueiro, seria apoiada pelo próprio Rivellino.
Na visão de ambos, o ex-ponteiro-esquerdo Edu, consagrado no Santos, poderia ocupar a vaga de Riva no célebre quarteto ofensivo comandado por Zagallo.
“Nós colocaríamos o Edu como ponta-esquerda e não o Rivellino. Você vê como são as coisas. O Riva mesmo fala isso. O Edu tinha que jogar. Por quê? Porque era gênio”, enalteceu Leão, que colocou Edu num patamar semelhante a Neymar.
“Naquela época, quando o Neymar começou, também era um gênio. Hoje, ele é um gênio cansado tentando se recuperar. Vamos torcer, vamos apoiar pra que ele se recupere. Mas sem colher de chá demais”, concluiu o ex-técnico do Santos.
Na seleção brasileira que ganhou o tricampeonato mundial em 1970, Zagallo optou por deslocar Rivellino, que jogava como meia centralizado, para o lado esquerdo do ataque.
Ou seja, Riva foi improvisado no setor, enquanto Edu, que era ponta de ofício, ficou na reserva daquele histórico escrete.