
Ronaldo, em entrevista à ESPN (Reprodução)
Ronaldo não tem dúvidas de que fez um bom trabalho à frente da SAF do Cruzeiro. Aceitando o desafio de recuperar o clube, o eterno camisa 9 da seleção teve sabedoria para lidar com os problemas e livrar a Raposa do fundo do poço. Neste cenário, após vender o time celeste, houve uma sinalização de mudança de patamar através dos reforços contratados na gestão de Pedro Lourenço.
“A gestão que tivemos no Cruzeiro foi espetacular. Pegamos o time na segunda divisão com uma dívida de R$ 1,2 bilhão. Conseguimos ganhar a segunda divisão e diminuímos a dívida em R$ 500 milhões. Eu entreguei um projeto para uma pessoa maravilhosa, Pedro Lourenço. Um cruzeirense apaixonado.”, disse Ronaldo à ESPN.
“Ele está investindo mais do que eu poderia investir no momento final que eu decidi vender.”, acrescentou.
Risco envolvendo decisão de Ronaldo
Lucrando com a revenda do Cruzeiro, Ronaldo avalia que correu um grande risco ao comprar o clube. Diante da experiência intensa, o Fenômeno, aspirante ao cargo de presidente da CBF, não deseja mais adquirir nenhuma SAF do futebol brasileiro.
“Financeiramente, foi um negócio maravilhoso, mas com um risco 200 vezes maior do que foi meu lucro. As pessoas falam do lucro que eu obtive, mas ninguém fala do risco que corri.”
“Não (investiria em outra SAF). É muito intenso. Eu não quero isso mais.”, afirmou.
Dificuldades no Cruzeiro
No momento em que assumiu o Cruzeiro, Ronaldo encarou uma dura realidade com dívidas e o time na Série B. Por conta da situação complicada, o Fenômeno vê a necessidade dos torcedores, além das cobranças, entenderem a realidade fora dos gramados.
“Minha experiência com o Cruzeiro foi maravilhosa. Logicamente, a gente tinha que matar um leão todo dia. O futebol é isso. Mas o torcedor tem que estar muito mais integrado com a filosofia do clube e entender as dificuldades do clube. O torcedor, normalmente, é mais passional. Ele quer saber do resultado, se ganhou ou perdeu. Fora isso, não importa muito.”, opinou.