
Thiago Silva, em jogo pela Libertadores (MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE)
Thiago Silva, ao falar do período no Chelsea, abordou o perfil discreto de N’Golo Kanté. Bastante reservado, o volante não costumava adotar uma postura sociável nos bastidores, mas logo deixava a timidez de lado quando um bate-papo era iniciado. Neste cenário, o francês também foi valorizado pela volta por cima que conseguiu na vida.
“Eu vou te falar. Não conheci ninguém no futebol com aquela personalidade. Você sentava para conversar com ele e o cara não falava. Você puxava assunto e ele entendia de tudo, conversava de tudo… mas, se você não puxasse assunto, ele não falava com ninguém.”, disse Thiago Silva, em entrevista ao canal Mundo GV.
“Ele era catador de latinha e tal. Vingou muito tarde. Era muito pobre.”, acrescentou.
Esforço “assustador” de Kanté
Dentro de campo, Kanté impressionou Thiago Silva pela conduta incansável. Mantendo um ritmo impressionante entre o ataque a defesa, o ex-camisa 7 do Chelsea assumiu um papel importante no último ciclo vitorioso dos Blues.
“Ele começou tarde, mas entendia (do jogo). Ele jogou no Caen, depois foi para o Leicester e ganhou a Premier League. Entendia de jogo como ninguém. Parecia que tinha feito base desde pequeno, mas a base dele foi muito tarde. Muito inteligente e com uma força física incrível.”
“O corpo dele é impecável. Não bebe, não fuma e se dedica aos treinos. Era incrível. Dava a bola e ele fazia a jogada. Quando tinha que defender, ele defendia também. O que ele corre é sacanagem.”, afirmou.
Protagonismo de Thiago Silva no Mundial
Ídolo do Chelsea, Thiago Silva assumiu um papel decisivo na final do Mundial de Clubes contra o Palmeiras. Levando em conta o esquema tático montado por Abel Ferreira, o zagueiro do Fluminense acredita que teve uma “ajuda” do português para ganhar o prêmio de melhor do torneio.
“Fui o melhor do torneio. Na verdade, o Abel Ferreira fez marcação individual em todos os jogadores e me deixava sozinho com a bola. O Mendy me dava a bola no tiro de meta e eu caminhava até o meio-campo. Ele me deu o melhor do torneio porque o jogo passava por mim. Eu olhava para frente e não tinha ninguém.”
“Esse jogo foi muito difícil porque é muito difícil sair de marcação individual.”, relembrou.