
Luxemburgo, ex-técnico do Palmeiras (Cesar Greco - Divulgação)
Vanderlei Luxemburgo vê apenas quatro técnicos brasileiros de “primeira linha” trabalhando em clubes da Série A. Além de Filipe Luís, em alta no Flamengo e que possui uma carreira mais curta em relação aos outros nomes, Cuca, Mano Menezes e Roger Machado foram incluídos no grupo. Neste cenário, o atual quarteto de estrangeiros à frente dos quatro grandes de São Paulo também ganhou espaço no discurso.
“Se pegar o futebol brasileiro atualmente, você tem técnico de primeira linha em quatro clubes brasileiros: Cuca (Atlético-MG), Mano Menezes (Fluminense), Filipe Luís (Flamengo) e Roger (Internacional).”, afirmou Luxa, em entrevista ao portal Nosso Palestra.
“O resto é tudo técnico estrangeiro. Os quatro grandes de São Paulo? Técnicos estrangeiros.”, acrescentou.
Alerta de Luxemburgo
Sem reprovar uma troca de experiências, Luxemburgo considera que o futebol brasileiro está perdendo sua essência principal. Isso porque a presença dos treinadores estrangeiros, segundo o profissional, vem moldando um estilo europeu dentro do padrão nacional.
“Eu não sou contra os treinadores estrangeiros porque eu fui estrangeiro no Real Madrid. Mas será que todos estrangeiros que estão aqui e ocupando espaço de alguns brasileiros, todos eles são competentes para dirigir grandes clubes? Estamos perdendo nossa formação profissional porque o curso da CBF não é mais feito por brasileiro, são feito por portugueses. É um futebol formado para jogar no futebol europeu.”, avisou.
Decisão do Campeonato Paulista
Campeão paulista na temporada 2020, Luxemburgo evitou cravar o campeão na atual temporada. Levando em conta todos os aspectos da final, o ex-comandante de Palmeiras e Corinthians vê um cenário indefinido causado pelo peso das duas camisas.
“Quem tiver mais sentimento, quem tiver mais dentro do jogo, da decisão, fatalmente vai ganhar. Independentemente de estar com um time mais forte ou mais fraco. Isso é na teoria. Na prática, o fraco pode ganhar mais do mais forte porque é tradição e a camisa pesa para os dois lados. É saber conviver com essa realidade e rivalidade.”, opinou.