Augusto Melo, presidente do Corinthians (Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Dos quase R$ 2 bilhões de dívida que o Timão registrou em 2024, mais de R$ 704 milhões foram com pendências fiscais
Apesar de registrar um recorde de faturamento na última temporada, o Corinthians segue com uma situação financeira por conta de sua dívida bilionária. Em 2024 o clube registrou um aumento de 18% em seus débitos, chegando a um valor de R$ 1,9 bilhão.
Um dos problemas da equipe alvinegra são as dívidas fiscais, que superaram R$ 704 milhões no último ano, mais de 37% da dívida total. Conforme mostra estudo da empresa Sports Value, o Timão é quem tem a maior pendência entre todos os clubes do Brasil, com uma diferença considerável para os demais.
O Fluminense, 2º no ranking, não chegou a R$ 400 milhões, enquanto o Internacional, 3º lugar, ficou abaixo de R$ 300 milhões.
O que são essas dívidas fiscais?
Esse item que impacta nas finanças dos clubes faz referência a débitos pendentes com a Receita Federal ou outra autoridades tributárias. Normalmente se referem a falta de pagamento de impostos, INSS e até mesmo encargos trabalhistas.
Valores não pagos a funcionários e outras pessoas que trabalham no dia a dia do clube e juros por atraso ou sonegação de impostos também entram nessa conta.
Mais informações do Timão
Como mostra a imagem acima, o clube alvinegro teve um aumento de 19% de seus débitos fiscais, que impactou na sua dívida total. Além disso, o valor representa mais de 63% do faturamento em 2024.
Em 2023, Wesley Melo, diretor financeiro do clube na época concedeu entrevista ao ge, onde afirmou que se o Corinthians poderia equacionar suas finanças “em quatro a cinco anos”, usando Flamengo e Palmeiras como exemplos.
“Acho que vai mais uns quatro ou cinco anos nesta batida. O Flamengo, que para nós é uma referência, levou sete anos para botar a casa em ordem. Conversei algumas vezes com o ex-presidente Bandeira de Mello, não foi fácil, foi um período complicado, e depois o Flamengo deu continuidade.
Como fez o Palmeiras com o Paulo Nobre, que fez uma boa gestão, colocou dinheiro com juros mais baixos, depois profissionalizou, depois o Maurício Galliote deu continuidade, agora a Leila Pereira também. O que Palmeiras e Flamengo fizeram têm grande valor. Fizemos em três anos, precisamos de mais tempo também”, declarou o ex-dirigente em novembro de 2023.
