
Alisson deve ser o goleiro titular da seleção brasileira em mais uma Copa do Mundo (foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Goleiro analisou que o Brasil evoluiu coletivamente após a contratação do técnico Carlo Ancelotti. “A mudança é evidente”, disse o jogador
Um dos jogadores mais antigos da atual seleção brasileira, Alisson criticou a maneira como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) conduziu os trabalhos para a Copa do Mundo 2026. O time canarinho iniciou o ciclo sob o comando temporário de Ramon Menezes. Depois disso, a entidade contratou Fernando Diniz e Dorival Júnior, até chegar em Carlo Ancelotti. Além disso, divergências políticas mudaram a presidência. Ednaldo Rodrigues foi afastado e acabou substituído por Samir Xaud.
“Questões externas nos entristecem. A seleção brasileira passar por esse tipo de coisa (crise política), mas faz tempo que é assim. Não é de agora. Dentro de campo, (o elenco) sempre foi blindado, mas nesse ciclo não. Pelas incertezas, sem convicção do que estava sendo feito”, relatou Alisson, em entrevista concedida ao programa Troca de Passes, dos canais SporTV.
“Primeiro um interino (Ramon), depois o Diniz, que é um excelente profissional, mas estava comandando um clube. Depois entrou Dorival. Tentou ter mais tempo, mas não deu certo. Ancelotti era o plano principal de sempre. Está trazendo alegria, blindagem, segurança. Tudo o que ele fala tem peso diferente”, destacou.
Alisson ainda não sofreu gols pela seleção brasileira, desde a chegada de Ancelotti
O país pentacampeão mundial vai disputar mais uma Copa do Mundo. Nesta terça (10), derrotou o Paraguai por 1 a 0 e conquistou a vaga direta para o torneio. Antes desse jogo, a seleção brasileira empatou por 0 a 0 com o Equador. Esses foram os dois primeiros jogos do time canarinho sob o comando de Carlo Ancelotti.
“O principal objetivo era a classificação. Eliminatória muito difícil, das mais difíceis que eu passei aqui, por todos os fatores que afetaram em campo. Não tiramos nossa responsabilidade, mas foi muito difícil. Fizemos grande partida (contra o Paraguai)”, reforçou Alisson.
“É o que a gente sempre quis. Grande parte da culpa é nossa. Ancelotti deu base sólida defensiva. Depois, com a qualidade, os jogadores vão resolver na frente. Tivemos muito mais controle do que contra o Equador”, comparou o goleiro da seleção brasileira.
Disputa pelo título da Copa do Mundo
Alisson também avaliou que o Brasil é candidato a erguer o troféu do principal campeonato entre seleções do mundo. No entanto, afirmou que não pode garantir tal conquista. “Falar agora que vamos ganhar a Copa é burrice, mas existe um caminho para isso. A mudança é evidente. Podemos analisar friamente e dizer isso”, observou.
“Desempenho muito melhor. Coletivo e individual. Nosso time é muito jovem. Pressão é normal. Tem sido difícil. É correr carregando carga dobrada. Algo novo está surgindo aqui dentro. Ancelotti tem todos os méritos, a comissão dele, quem fico.. Nos ajudam demais. É ruim passar por isso, mas cria casca. Time vencedor passa por momentos difíceis”, finalizou Alisson.