Home Mídia Esportiva e bastidores Luis Fabiano inclui Pedro, do Flamengo, entre três centroavantes à moda antiga no Brasileirão: “Não vejo mais”

Luis Fabiano inclui Pedro, do Flamengo, entre três centroavantes à moda antiga no Brasileirão: “Não vejo mais”

Ex-atacante da seleção avalia que escassez de goleadores se deve ao trabalho nas divisões de base

Bruno Romão
Bruno Romão atua como redator do Torcedores.com na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.
Luis Fabiano inclui Pedro, do Flamengo, entre três centroavantes à moda antiga no Brasileirão: “Não vejo mais”

Pedro comemora gol na Copa do Brasil (Adriano Fontes/Flamengo)

Luis Fabiano vê o futebol brasileiro formando cada vez menos centroavantes de ofício. Ao contrário do passado, em que grandes artilheiros estavam atuando em solo nacional, o comentarista mencionou apenas três camisas 9 com o padrão de jogo à moda antiga. Neste cenário, Pedro, do Flamengo, foi destacado junto de Calleri, do São Paulo, e Vegetti, do Vasco.

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Titular absoluto do Flamengo em condições ideais, Pedro foi elogiado pela capacidade técnica em campo. Além do grande oportunismo em definir lances somente com um toque, o atacante atingiu o patamar de jogador de seleção brasileira através de uma qualidade apurada dentro e fora da área.

“O Calleri é um centroavante ‘raiz’. Ele briga com os zagueiros e tenta abrir espaços. Tem algumas características que eu tinha em termos de luta e entrega. É um dos últimos de hoje em dia. A gente não vê mais centroavantes nesse estilo.”, disse Luis Fabiano, ao programa Tricolaços, no Canal Arnaldo e Tironi.

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“Tem o Pedro, que é muito mais técnico, e o Vegetti. É bom cabeceador. Não vejo mais outros centroavantes igual tinha nos anos anteriores. Tinham muitos.”, acrescentou.

Escassez no Brasileirão é explicada por Luis Fabiano

Formado em outra época, Luis Fabiano tinha o hábito de duelar com os zagueiros durante os 90 minutos. Porém, como encarar uma marcação intensa é uma tarefa difícil, o ex-jogador enxerga uma falta de disposição que vem desde a base. Neste cenário sem incentivos para formação de novos centroavantes, o número de goleadores segue caindo no futebol brasileiro, algo refletido por meio da atual artilharia de Arrascaeta na Série A.

“Eu acho que é opção da base. Hoje, os jogadores não querem jogar de costas, como a gente jogava. Centroavante parece ser uma posição boa, mas é incômoda. Você joga de costas, o zagueiro pisa no seu tornozelo toda hora, dá empurrão… ninguém quer mais isso. Eu não vejo a base criar centroavantes. Não sei se é o estilo de jogo ou se os jogadores preferem jogar em outras posições. Tá escasso mesmo.”, afirmou.

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Revolta após discurso sobre Haaland

Dono de opiniões convictas, Luis Fabiano bancou que “faria 10 ou 20 gols” com as 30 oportunidades que Haaland possui no Manchester City. Revelando que o discurso sobre o norueguês causou revolta nas redes sociais, o ídolo do São Paulo vê uma supervalorização atrelada aos atacantes em atividade no futebol europeu.

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“Eu já falei do Haaland e quase fui linchado. Com as oportunidades que ele tem, eu também faria. Para fazer um gol antigamente tinha que fazer malabarismo. O cara só empurra pra dentro e ficam ofendidos (com críticas).”, externou.

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