Bruno Muzzi em coletiva pelo Atlético-MG. (Foto: Reprodução/X)
CEO da SAF do Atlético-MG, Bruno Muzzi detalhou, em entrevista à Rádio Itatiaia, os principais pontos da proposta que será apresentada ao Conselho Deliberativo no próximo dia 4 de agosto. O objetivo é alterar a cláusula antidiluição que protege a participação da associação na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube.
As explicações de Bruno Muzzi sobre as dívidas do Atlético-MG e as estratégias para atrair investidores geraram bastante discussão entre os torcedores e analistas econômicos do esporte. Para aqueles que querem acompanhar mais de perto a evolução financeira e esportiva do clube, o Betano App oferece uma plataforma eficaz para apostas, permitindo que você preveja resultados de jogos e desfrute de promoções enquanto assiste o desenvolvimento do time fora do campo também.
Bruno Muzzi explica pendências do Atlético-MG e aponta entrave para novo investidor na SAF
Atualmente, a estrutura societária do Galo é composta pela Galo Holding, que detém 75% das ações, e pela associação, dona dos 25% restantes. A cláusula vigente impede que a participação da associação seja reduzida em eventuais novos aportes, o que, segundo Muzzi, dificulta a captação de investidores externos, prioridade no momento.
“A cláusula que mantém o percentual fixo da associação trava uma eventual entrada de novos investidores. A proposta é que, se houver aporte, todos sejam diluídos proporcionalmente, inclusive os atuais sócios”, explicou.
O dirigente reforçou que a alteração não diminui os poderes da associação, mesmo que o percentual caia para 15%, 12% ou 10%. Ele também esclareceu que a legislação da SAF não exige que a associação mantenha um mínimo de 10% de participação, como alguns interpretam.
SAF do Atlético-MG ainda sem novo investidor
Além da situação envolvendo Dudu, o Galo se preocupa com a SAF. Apesar da movimentação para aprovar a mudança no modelo societário, Muzzi afirmou que ainda não há nenhuma negociação em andamento com investidores externos. “Hoje não existe nenhum investidor. Estamos apenas preparando o terreno para que, quando houver um interessado, não exista barreira jurídica.”
Caso um novo parceiro não seja viabilizado, o clube poderá recorrer aos atuais sócios da SAF. O CEO, porém, destacou que o foco principal segue sendo a busca por capital externo. Questionado sobre a possibilidade de a família Menin voltar a investir, ele respondeu que não há confirmação nesse sentido, mas reconheceu a urgência da situação financeira.
Pendências com atletas ainda preocupam
Além da reestruturação societária, Muzzi comentou a situação financeira do elenco profissional. Segundo ele, a SAF já quitou parte dos salários e direitos de imagem atrasados, mas ainda há valores pendentes, principalmente em relação a luvas, pagamentos a agentes e dívidas com outros clubes.
“Pagamos os salários que venciam em 5 de julho e o direito de imagem de 20 de junho. Ainda temos um direito de imagem vencendo agora, dia 20 de julho. Precisamos pagar até o fim do mês um terço de férias. Mas o maior desafio são as luvas, comissões e acertos com clubes”, afirmou.
O dirigente reforçou que o cumprimento dessas obrigações depende de forma direta de novos aportes financeiros. Enquanto isso, o clube tenta se reorganizar internamente para equilibrar as contas, manter o futebol competitivo e evitar dívidas com outros clubes.

