Depay celebra gol pelo Corinthians (Rodrigo Coca / Corinthians)
Galvão Bueno, ao abordar o momento de Memphis Depay no Corinthians, resgatou uma das frases mais famosas de Vampeta. Levando em conta que o custo milionário do holandês trouxe novos problemas de valores em aberto, o narrador vê o caso passível da afirmação “finge que pagam e eu finjo que jogo”. Anteriormente, a afirmação fez parte da passagem do pentacampeão do mundo no Flamengo, que enfrentava atrasos salariais e, consequentemente, deixava o elenco insatisfeito e sem o devido comprometimento em campo.
“Será que vai se repetir aquela famosa frase do Vampeta? Quando ele foi jogar no Flamengo, teve um momento que o Flamengo estava com uma dificuldade financeira muito grande. Ele soltou uma frase assim: ‘Gente, vocês fingem que pagam e eu finjo que jogo’. Será que pode chegar em um ponto desse?”, questionou Galvão Bueno, no programa “Galvão e Amigos”, da Band.
“O craque tem que deixar no campo. Quando ele (Dorival) fala de energia e entrega, pode não estar falando exclusivamente do Memphis. Mas, quando tira o Memphis, ele fala o que está acontecendo lá dentro. Só o Dorival pode explicar. Me vem a frase do Vampeta na cabeça. Ele não foi treinar outro dia porque estavam devendo, pagaram e ele voltou.”, prosseguiu.
Decisão inesperada de Dorival Júnior
Por opção técnica, Memphis Depay foi substituído precocemente em São Paulo x Corinthians, fora de casa, em clássico do Brasileirão. Diante do status atrelado ao camisa 10, Galvão Bueno sugere que existe um desconforto nos bastidores, tendo em vista a cobrança do treinador envolvendo a energia necessária para vestir a camisa da equipe.
“Para tirar a estrela do time no intervalo, é porque tem alguma coisa muito errada. O Memphis é a estrela do time, a torcida adora ele. Não vem jogando tão bem como estava antes, mas tirar no intervalo… estava tudo errado. Ele botou um jogador que estava fazendo só o terceiro jogo (Gui Negão). Ele usou uma expressão de ‘se não tiver energia, tem que sair’. Tem alguma coisa acontecendo. Não é simplesmente o fato do time jogar mal.”, externou.
Luxemburgo concorda com Galvão Bueno
Opinando no debate, Vanderlei Luxemburgo avalia que Dorival Júnior não iria atribuir uma responsabilidade desnecessária por acaso. Embora o assunto ainda esteja pendente de esclarecimentos, o ex-treinador confia no poder de julgamento do comandante do Corinthians, que possui uma vasta experiência dentro do futebol.
“Com certeza está acontecendo alguma coisa. Está tendo uma área de atrito com o jogador mais caro. É um problema de ordem de relacionamento. O Dorival, com toda experiência, ele sabe que tira 50% da responsabilidade e chama para ele. Se tivesse deixado (no jogo), os torcedores e a imprensa vissem que ele não está se empenhando, era uma situação diferente. O Dorival é um cara fantástico, um baita profissional de futebol. Ele tem suas razões.”, pontuou Luxa.

