Lisca durante o podcast Denílson Show (Foto: Reprodução/YouTube)
Uma das grandes magias do futebol está na capacidade do esporte de criar personagens marcantes. Para além do campo e da bola, o público se conecta com profissionais que se destacam pelo carisma, pelas histórias e pelas resenhas, sempre compartilhando algo interessante, seja uma curiosidade engraçada ou um momento emocionante.
Um desses personagens que o futebol revelou ao Brasil é o técnico Lisca, popularmente conhecido como “Lisca Doido”. Atualmente sem clube, ele é reconhecido por suas passagens por times como Internacional, Santos, Vasco, América-MG, Sport, Ceará, entre outros.
A ligação entre Lisca e o Internacional
Lisca é um daqueles raros casos de treinador de futebol que nunca foi jogador profissional. O educador físico começou a prestar serviços ao Internacional ainda no início da faculdade e, posteriormente, se firmou no clube, com três passagens comandando as categorias de base. Em 2016, assumiu também o elenco profissional.
Porém, dentro de campo, Lisca revelou no podcast Denílson Show que teve uma breve passagem como jogador do Internacional, atuando em dois jogos. A história começou quando ele treinava as categorias de base do clube e marcou um amistoso entre o time da faculdade e os juniores. Os universitários venceram, e o desempenho de Lisca, que atuava como atacante, chamou a atenção de Flávio Bicudo, olheiro do clube na época, que o “obrigou” a jogar no time júnior.
Aos 19 anos, Lisca participou de dois amistosos pelo time júnior do Internacional e, segundo ele, marcou três gols. No entanto, acabou sendo dispensado pelo técnico a quem ele se refere como Dorinha. “Cléber Xavier, que hoje é treinador do Santos, acompanhou tudo isso. E aí o Cleber ‘ele (treinador) vai ficar contigo’, aí ele me liberou”, contou.
Lisca conta que não buscou ser jogador por falta de estrutura
Durante a entrevista, o treinador explicou que a realidade das categorias de base antigamente era muito diferente da atual. Ele contou que, no início, dava treino com duas ou três bolas para 20 a 25 alunos. “As condições eram muito difíceis. Tu tinha que ter muita perseverança, morava muito mal, comia mal”, relatou o treinador.
A ligação familiar entre Lisca e o Internacional
A relação entre Lisca e o Internacional não começou quando ele iniciou a carreira comandando as categorias de base. Pelo contrário, antes mesmo de nascer, a história já estava sendo escrita por sua família, com o bisavô e o avô atuando como atletas do Colorado.
“Meu bisavô foi goleiro do Internacional de Porto Alegre. Treinador também do ‘rolo compressor’ e meu avô era goleiro do ‘rolo compressor’, um dos maiores times da história do Inter, de 40 a 46”, contou o técnico.

