Admar Lopes, diretor de futebol do Vasco (Foto: Matheus Lima/Vasco)
O Vasco ainda tenta achar uma direção para a sua situação financeira, que voltou a se complicar diante da briga com a 777 Partners pelo controle da SAF e pela ausência de novos investidores em seu futebol. E isto poderá ficar ainda mais intensificado por conta da Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
Sendo a única equipe dentre os grandes cariocas a não ter disputado o Mundial de Clubes, o Gigante da Colina poderá ver um ‘abismo’ ainda maior se criar entre a equipe e seus rivais, que foram aos Estados Unidos e deverão lucrar bastante por terem disputado o certame organizado pela Fifa, segundo análise feita por Gilmar Ferreira, no jornal Extra.
Diferença nos ganhos
Até o momento, a arrecadação do Vasco com premiações ficou em R$ 18,2 milhões em 2025. Valores bem distantes dos R$ 237,4 milhões faturados pelo Fluminense nesta temporada, muito disto turbinado pelas premiações vindas do torneio nos EUA, tanto pela participação em si como pela campanha, com o Tricolor das Laranjeiras nas quartas de final da competição.
Nas estimativas, o Flu recebeu com premiação em 2025 valores até 13 vezes maiores que o Cruz-maltino. E tal diferença de arrecadação ainda se faz mais presente comparando a equipe de São Januário com Flamengo e Botafogo. Nesta temporada, o Rubro-Negro ganhou R$ 197,2 milhões enquanto o Glorioso faturou R$ 193 milhões. Estes dois também tendo em conta suas participações na Copa do Mundo de Clubes.
Diferença pode afetar mercado
E tal ‘abismo’ já se fazia presente em 2024. No último ano, o Vasco foi também, dentre os grandes cariocas, o que menos faturou em premiações. Ao todo, o Gigante da Colina ganhou R$ 50 milhões, muito deste valor gerado pela ida às semifinais da Copa do Brasil. Mas ainda distante, por exemplo, do Botafogo, cujos títulos do Brasileirão e da Libertadores fizeram o time liderar em receitas deste tipo, com R$ 261,4 milhões.
Flamengo (R$ 178,3 milhões) e Fluminense (R$ 50 milhões) seguiram o Alvinegro, nos dados do jornal. Se somados os dados deste ano e meio (18 meses), a diferença vascaína para seus rivais regionais em arrecadação ficará ainda maior, o que pode deixar o Gigante da Colina bem distante em possibilidades de investir em reforços.
Com a janela de transferências do meio do ano, muitos destes valores arrecadados pelos clubes que foram ao Mundial deverão ser empregados em contratações. Como o Vasco ainda não definiu o futuro da SAF, na qual procura um novo investidor, tais possibilidades poderão ser dificultadas por não ter tanto peso de verbas como seus rivais.

