João Fonseca encara Lorenzo Sonego na segunda rodada do AO (Divulgação/Australian Open)
O ex-tenista Fernando Meligeni, semifinalista de Roland Garros em 1999 e ex-número 25 do ranking da ATP, analisou a derrota de João Fonseca para o francês Terene Atmane na terceira rodada do Masters 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos.
Fernando Meligeni avalia derrota de João Fonseca no Masters 1000 de Cincinnati
Em vídeo publicado no canal New Balls Please, Fernando Meligeni destacou a atuação dominante do adversário, que superou o brasileiro por amplo controle da partida. “O francês jogou um belíssimo tênis, dominou o jogo desde o primeiro game e passou por cima do João, em todos os sentidos. Muito agressivo e muito preciso; não teve muitas chances para o João”, afirmou.
Fernando Meligeni ressaltou que o circuito profissional é imprevisível e exige adaptação constante. “Você pode ganhar um grande jogo, depois pegar um cara fora dos 100 e perder. Isso é cada vez mais normal”, disse o medalhista de ouro em simples no Pan de 2003.
O ex-jogador apontou ainda que Fonseca demorou a buscar alternativas para mudar o cenário do jogo. “No 4-1 ele jogou uma bola alta, um slice, o Atmane errou, mas já era um pouco tarde. Ele tentou começar devolvendo mais atrás, mas o adversário canhoto saca muito bem no aberto. Quando o jogo não está fluindo, é preciso mudar. Quando girava mais a bola, o francês errava; quando dava ritmo, ele estava jogando”, explicou.
Campanha positiva e expectativas para o US Open
Apesar do revés, Fernando Meligeni destacou o saldo positivo da campanha de Fonseca no torneio. “Mais uma ótima campanha, com terceira rodada, vai entrar para os 45 melhores do mundo, vai descansar alguns dias e depois jogar o US Open com boas perspectivas. Mais uma experiência e mais aprendizados. Parabéns João”, completou.
Com apenas 18 anos e já figurando entre os melhores do ranking, o carioca João Fonseca segue chamando atenção no circuito e soma experiências importantes rumo a voos mais altos na carreira, podendo deixar mais uma marca no último Grand Slam do ano, o US Open.

