Calleri, atacante do SPFC (Paulo Pinto / saopaulofc.net)
Muller vê o elenco do São Paulo refletindo o atual cenário do futebol brasileiro em que os estrangeiros são priorizados. Apesar do amplo potencial dos garotos que buscam espaço no elenco profissional do Tricolor, o comentarista lamenta o excesso de jogadores gringos à disposição de Crespo. Neste contexto, o trabalho do Palmeiras com a base, responsável por frutos dentro e fora de campo, é visto como exemplo.
“O Zubeldía não gostava de jogador jovem, tanto é que ele só colocou os jovens quando machucou todo mundo. Hoje em dia o treinador estrangeiro não está nem aí com a base, diferente do Abel. Não quer saber mais, traz dois meias, dois atacantes, dois zagueiros, e a base que se dane.”, disse Muller, ao “Abre Aspas”, do GE.
“Quando um time ganha a Copa São Paulo, quantos jogadores vão para o time de cima? Se forem dois é muito. Para que a Copa São Paulo? Não revela. O São Paulo tem nove estrangeiros, e um pior do que o outro.”, acrescentou.
Muller não alivia para Calleri
Reforçando o discurso, Muller considera que até mesmo Calleri, ídolo da torcida, não tem o nível ideal para jogar no São Paulo. Além do argentino, Tapia, Bobadilla, Cédric Soares, Ferraresi e Enzo Díaz foram mencionados. Enquanto isso, Alan Franco e Arboleda, dupla sólida na zaga, possuem aprovação do ex-jogador.
“Tapia, Bobadilla, Cédric, Calleri, Ferraresi e Enzo (Díaz) são bons? Pelo amor de Deus, acorda torcida tricolor!”, escreveu Muller, em publicação no Instagram. “Alan Franco se salva né? E Arboleda?”, questionou um torcedor. “Sim, eles sim.”, acrescentou o comunicador da TV Gazeta.

Regulamento do Brasileirão
Na visão de Muller, o número de estrangeiros nos jogos do Campeonato Brasileiro atrapalha os jovens da base. Ressaltando o exagero dos clubes em procurar atletas de fora do país, o tetracampeão do mundo mencionou Arrascaeta, contratado pelo Cruzeiro e atualmente no Flamengo, como um exemplo positivo.
“Pega um estrangeiro, desde que seja bom e venha fazer a diferença. Pega-se um jogador estrangeiro, desde que venha fazer a diferença. Arrascaeta, estou dando um exemplo. Os clubes brasileiros pediram para a CBF jogar para nove (o número de gringos), aí quem prejudica? A base é prejudicada.”, externou.

