CSO do Galo revela detalhes de negociações com a Rússia (Foto: Pedro Souza / Atlético)
Rubens deixou o Atlético-MG nas últimas semanas e se tornou reforço do Dinamo Moscou (Rússia), em uma negociação que rendeu 10 milhões de euros (R$ 64 milhões). Mas que, por pouco, não se viu frustrada diante de uma série de problemas nas discussões com o time russo para viabilizar a venda.
Tais problemas foram revelados em entrevista à Globo por Paulo Bracks, CSO (Chief Sporting Officer) do Galo. O dirigente disse que, desde que a proposta russa chegou às mãos dos dirigentes atleticanos, foram uma série de idas e vindas entre os dois lados, com momentos em que as conversas pareciam avançar para firmar a venda e outros nos quais esta ficou ameçada.
Idas e vindas
Segundo o executivo, muito desta incerteza que reinou durante as discussões foi porque houve uma certa discordância entre Atlético-MG e o Dinamo quanto ao que cada um queria no acordo para a venda do volante. A pedida atleticana não estava sendo atendida e, enquanto os dois lados não se acertaram quanto a isto, a negociação chegou perto de não ser concretizada.
“Foi um pouco mais difícil a negociação, por vários motivos. Foi e voltou várias vezes. Em um dado momento, a gente achou que precisaria sair da mesa, porque as condições que foram estabelecidas não estavam sendo atendidas”, disse Bracks.
“Não estávamos dispostos a vender o Rubens. A gente fez exigências, que foram ao pouco sendo atendidas. Fizemos uma negociação dura com eles. Acabou se arrastando um pouco mais, mas ele já viajou e se apresentou”, completou o CSO.
Decisão de tirá-lo dos jogos
Um atleta de grande importância para Cuca, que o escalava tanto no meio-campo como na lateral-esquerda, Rubens ficou de fora de partidas do Atlético-MG enquanto as conversas rolavam. Tal momento também era o de uma complicada série de maus resultados da equipe com a volta do futebol depois da Copa do Mundo de Clubes. A decisão de poupar o atleta foi algo que Paulo Bracks viu como necessário diante do desenrolar da negociação.
“Foi muito difícil bancar um atleta praticamente negociado em campo, por mais que ele seja titular. Isso parte muito do atleta, do staff. É uma decisão delicada e particular. Então, a gente decidiu, em conjunto, por preservá-lo. Ele fez falta, mas não tinha como superar, mesmo ele com o contrato”, comentou o dirigente.

