Bruno Henrique em ação pelo Flamengo pela Libertadores. (Foto: Franklin Jacome/Getty Images)
O julgamento do atacante Bruno Henrique no STJD, pelo cartão amarelo supostamente forçado em 2023, segue gerando repercussão na mídia esportiva. Assim, a jornalista Alícia Klein, do “UOL Esporte”, opinou sobre o veredito e criticou a decisão da corte. De acordo com ela, a punição foi muito branda, e abre um precedente de impunidade no futebol brasileiro.
Alícia Klein diz que julgamento de Bruno Henrique “abre precedente perigoso”
O STJD definiu que Bruno Henrique ficará suspenso por 12 partidas no Brasileirão 2025, e ainda terá que pagar multa de R$ 60 mil. No entanto, Alícia Klein discordou da decisão e disse que o valor é muito baixo em comparação com a renda do atleta.
“E o STJD mostra que não tem critério. Nesse caso que a Milly citou muito bem, a pena mínima é 360 dias de suspensão, ou seja, um ano fora do futebol. E a multa de R$ 60 mil é irrisória, para esse tipo de jogador não significa nada. O que realmente pesa é ficar sem jogar”, disse Alícia Klein.
Além disso, Alícia Klein também criticou o período de inatividade imposto pelo STJD, de 12 jogos. Enquanto alguns jogadores já chegaram a ficar 2 anos fora dos gramados, Bruno Henrique terá uma pena mais branda porque o Flamengo não se sentiu prejudicado, argumentou Alícia.
“Só que 12 jogos, para um clube como o Flamengo que disputa duas competições, não dá nem dois meses. Ou seja, o Bruno Henrique vai ficar menos de dois meses fora por claramente manipular um resultado. E só não pegou uma pena maior porque o clube disse que não se sentiu prejudicado. Para mim, isso é perigosíssimo”, comentou a jornalista.
Resultado do julgamento encoraja jogadores a fazer esquemas?
Para Alícia Klein, sim. A jornalista opinou que a decisão do STJD deixa jogadores de futebol mais confortáveis para manipular jogos no futuro. Assim, bastaria que o resultado da partida estivesse resolvido para seu clube.
“Só que o problema não é o resultado direto daquela partida, que pode até não ter feito diferença. O problema é a manipulação. Porque, quando você abre esse campo subjetivo do “foi menos pior” ou “mais aceitável”, a ética no esporte simplesmente acaba. Se um jogador pode tomar um cartão de propósito, ele também pode fazer qualquer outra coisa de propósito para beneficiar apostadores”, finalizou Alícia Klein.

