Adriano Imperador foi criado na Vila Cruzeiro (Paula Reis/Flamengo)
Adriano Imperador lamentou e se solidarizou com as mães dos mortos na megaoperação da polícia nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. Nascido, criado e frequentador da Vila Cruzeiro, o ex-jogador de Flamengo, São Paulo e Seleção Brasileira postou uma mensagem no Instagram, que depois apagou diante da repercussão.
“Que deus conforte todas as mães da Penha e do Alemão”, escreveu Adriano.
O vídeo postado pelo Imperador
A postagem de Adriano tem um vídeo com muitos corpos de mortos em uma das ruas que dá acesso à Vila Cruzeiro. Eles foram recolhidos por moradores durante a madrugada, depois do forte confronto armado durante toda a terça-feira numa área de mata da região que faz parte do Complexo da Penha.
Além de poder ouvir o choro de desespero de familiares, há um padre pregando. Ele acusa policias de executarem os suspeitos e pede para a população não se calar.
“(As pessoas) Precisam de carinho, de amor. Não podem ser executadas como foram. A sociedade não pode se calar, nós não podemos nos calar. Vamos rezar um Pai Nosso para que todas essas almas descansem em paz”, diz o padre no vídeo.
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A relação de Adriano com a Vila Cruzeiro
Apesar de morar nos últimos anos na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio, o Imperador nunca deixou de voltar às suas raízes. O ex-jogador ainda tem amigos e familiares que moram na comunidade localizada no bairro da Penha.
Além disso, Adriano frequentemente visita o local. Mesmo quanto atuava pelo Flamengo, também marcava presença na região.
Operação mais letal da história do Brasil
A megaoperação no Rio já contabiliza 121 mortos, mas esse número ainda crescerá mais, já que ainda procura-se corpos. A grande maioria é de suspeitos de integrar a maior facção do Estado e que domina os dois complexos, além de quatro policiais.
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No dia da operação, as autoridades contabilizaram 58 mortos. Entretanto, moradores da Vila Cruzeiro, desde o início da manhã desta quarta-feira, levaram mais de 60 corpos encontrados na região de mata onde ocorreram a maioria dos confrontos A cena chocou o país e repercutiu internacionalmente, diante do caos na cidade em retaliação de criminosos à ação.
Segundo o último balanço do Governo do Rio, as polícias civil e militar prenderam 113 pessoas, sendo 33 acusados de serem traficantes de outros estados e mais 10 adolescentes apreendidos. Além disso, a operação recuperou 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver, 14 artefatos explosivos, centenas de cartuchos e toneladas de drogas.

