O Flamengo emitiu uma nota com propostas para serem incluídas do Fair Play financeiro da CBF (Foto: Adriano Fontes/Flamengo)
O Flamengo emitiu um comunicado na noite desta segunda-feira com algumas propostas de melhorias para o futebol brasileiro, dentro e fora de campo. Com o título “Fair Play Financeiro”, o documento propõe o fim do campo sintético no país e restrições a clubes em recuperação judicial. O clube enviou o comunicado logo depois da reunião que apresentou o sistema de impedimento semiautomático, na CBF.
Entre os principais temas do documento estão:
Proibição de gramados artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.
Tratamento de clubes em RJ/REJ: impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos.
Definição ampla de custos: controlar não apenas a “folha salarial” (CLT), mas também o custo total do elenco, incluindo direitos de imagem, luvas, bônus, comissões de agentes e impostos.
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Propostas atingem rivais
A proposta apresentada pelo Flamengo afetaria alguns times que estão com problemas financeiros ou em recuperação judicial, como é o caso do rival Vasco. Neste caso, o Cruz-Maltino vem recebendo pedidos de impugnação por conta de uma série de possíveis irregularidades na condução do processo. Há ainda o tratamento desigual entre os credores. Botafogo e Palmeiras seriam outros dois clubes que seriam afetados por conta do gramado sintético do Nilton Santos e do Allianz Parque.
O Flamengo também propõe se colocar à disposição para ser, de forma exemplar, uma plataforma para elaboração e execução do Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), conforme a proposta da CBF. O que significa ser um clube que consegue se manter economicamente sem depender de dívidas ou de aportes pontuais.
Ou seja, um clube que tenha controle de gastos, com fontes diversificadas de receitas, como bilheteria, TV, marketing, sócios, venda de jogadores e patrocínios. Além disso, ter uma base com baixo custo e lucrativa. Por outro lado, SAFs e instituições que vivem apenas de venda de jogadores não são sustentáveis, segundo a proposta do SSF.
As propostas emitidas pelo Flamengo têm como base o conceito do Fair Play Financeiro proposto pela CBF. O presidente Samir Xaud, assim que este assumiu o cargo há alguns meses, prometeu implementar o sistema.
