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Leila Pereira critica caso Bruno Henrique e amplia briga nos bastidores com o Flamengo

Presidente do Palmeiras e o Rubro-Negro trocam ataques nos últimos meses em meio à briga por títulos

Por Hugo Tavares em 11/11/2025 12:54 - Atualizado há 3 semanas

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira , não transferiu a responsabilidade pelos tropeços recentes à arbitragem (Cesar Greco/Palmeiras)

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, subiu o tom mais uma vez contra o Flamengo, desta vez ao criticar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo caso Bruno Henrique. A dirigente resolveu fazer pressão após o julgamento do atacante por beneficiar apostadores ser suspenso na segunda-feira (10), com um voto a favor do relator pela absolvição do jogador. A declaração é mais um capítulo na escalada de tensão nos bastidores entre os dois clubes.

No mesmo dia, o Rubro-Negro respondeu com um ataque indireto. Em nota oficial intitulada “Fair Play Financeiro”, o clube fez uma série de propostas de melhorias para o futebol brasileiro e incluiu o fim do campo sintético nas partidas, como o utilizado pelo Verdão.

A nova briga de Leila Pereira com o Flamengo

A dirigente criticou principalmente o fato de Bruno Henrique estar há mais de dois meses com a condenação de suspensão por 12 jogos, em decisão em primeira instância. Após o julgamento em 4 de setembro, o Flamengo conseguiu um efeito suspensivo e aguarda nova decisão no Pleno, que agora terá sessão extraordinária na quinta-feira (13).

“O Palmeiras sempre respeitou, e seguirá respeitando, as instituições, mas espera o mesmo respeito de volta. O que está acontecendo não é justo. Um atleta é condenado por uma infração grave e joga normalmente por dois meses, inclusive fazendo gols e decidindo jogos. Aí, quando finalmente é marcado o novo julgamento, vota-se pela absolvição deste atleta e a sessão é adiada”, disse a presidente do Palmeiras em nota divulgada à imprensa na segunda-feira (10).

Leila Pereira chegou a comparar com a punição de Allan, no mesmo dia do julgamento do atacante rubro-negro. Isso porque o Pleno do STJD manteve a punição de dois jogos ao volante.

“Enquanto isso, o Allan, que era réu primário, pega duas partidas de suspensão por um lance de jogo e depois tem a punição ratificada pelo Tribunal em pouco mais de 15 dias. E tudo isso acontece em uma semana decisiva, quando já teríamos vários desfalques por conta da Data Fifa. Não queremos ser beneficiados, mas não aceitamos ser prejudicados”, disse.

Ataques mútuos em briga na Libra

Antes dessa manifestação sobre Bruno Henrique, Leila Pereira protagonizou ataques à postura do Flamengo em relação à Libra. Isso porque, em setembro, a diretoria rubro-negra conseguiu uma liminar na Justiça que bloqueou parte do dinheiro dos direitos de transmissão que os clubes da liga receberiam.

A disputa é em relação à divisão de cotas de TV e gerou grande incômodo. A presidente do Palmeiras foi a principal voz contra o rival. Em uma das declarações, ela sugeriu a criação de uma liga sem a presença do Flamengo.

“Não tem os terraplanistas, que acreditam que a terra é plana? Agora tem os ‘terraflamistas’, que acreditam que o sistema solar gira ao redor do Flamengo. E não é assim, gente”, provocou Leila.

O presidente do Rubro-Negro, Luiz Eduardo Baptista, retrucou em entrevista ao site ‘Uol’: “Acho que é uma declaração infantil. Tentando colocar uma coisa que não é viável. Não existe isso. Quem é que discutiu que quer estar separado? O Flamengo nunca discutiu, o Flamengo nunca aventou a possibilidade de sair”.

Polêmica com a arbitragem

A crise entre os clubes nos bastidores é grande e tem também como pano de fundo a disputa ponto a ponto pelo título do Brasileirão. Mas virou briga pública após erros de arbitragem, sem envolver diretamente Leila Pereira.

Tudo começou quando o Palmeiras venceu o São Paulo de virada, por 3 a 2, com um pênalti claro não marcado para o Tricolor paulista. O diretor de futebol do Flamengo, José Boto, subiu o tom das críticas e sugeriu beneficiamento ao rival.

“Temos que fazer o nosso, mas não podemos continuar sendo prejudicados e ver nossos rivais beneficiados. Alguém tem que explicar. Tem que haver medidas, os árbitros que erram precisam ser castigados”, disse.

A pressão na arbitragem continuou nas rodadas seguintes, até o Rubro-Negro vencer o confronto direto por 3 a 2, no Maracanã. O Palmeiras reclamou de um pênalti de Jorginho em Gustavo Gómez, logo aos dois minutos de partida, e uma falta em Vitor Roque, no lance que originou o segundo gol, marcado por Pedro.

Boto e Filipe Luís ironizaram as reclamações palmeirenses. O português chegou a dizer: “Ficaram muito tempo calados, aí veio uma arbitragem normal e já estão reclamando?”.

Foi então a vez do diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, responder com mais ataques:

“Pelo bem do futebol brasileiro, essa pressão precisa acabar! O que vivemos nos últimos dias foi muito grave e requer uma reflexão de todos. Diferentemente de alguns clubes, que justificam seus insucessos culpando terceiros, não vamos responsabilizar a arbitragem pelo resultado. Mas não podemos tolerar a hipocrisia”.

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