Bruno Henrique falou pela primeira vez após o julgamento no STJD Photo: Marlon Costa/AGIF
O atacante Bruno Henrique passou por um turbilhão de emoções nesta última semana. Começou com o julgamento no STJD pelo cartão amarelo que levou na partida contra o Santos, em 2023. Depois do adiamento, a sessão foi retomada na quinta-feira. Embora punido, Bruno Henrique terá de pagar apenas uma multa de R$ 100 mil e está livre para poder jogar. Neste sábado,, então, para celebrar, marcou o terceiro gol do Flamengo na vitória de 5 a 1 sobre o Sport, o que deu a liderança ao time no Campeonato Brasileiro.
Depois do duelo contra os pernambucanos, o camisa 27 falou pela primeira vez depois do julgamento. Mesmo feliz pelo desfecho favorável da semana, o atacante ficou triste pela forma com que foi tratado por muitas pessoas durante todo o processo.
“A resposta que eu tenho que dar é dentro de campo. As críticas que recebi de pessoas, jornalistas, falaram de uma forma muito pesada a todo tempo. Vi muita raiva e ódio o tempo todo. Que Deus possa abençoar eles. A resposta que tenho que dar é para o Flamengo, e é isso que vou fazer daqui para frente”, desabafou.
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Bruno Henrique focado no futuro
Bruno Henrique, então, projetou o futuro com a camisa do Flamengo. Portanto, o atacante diz que a sua prioridade agora é apenas jogar e ajudar a equipe a conquistar a Libertadores. No próximo dia 29 de novembro, a equipe enfrenta o Palmeiras, em Lima, no Peru.
“O que eu quero fazer agora é só jogar futebol e esquecer o que ficou para trás. Me preparar cada dia mais para conquistar esse título (Libertadores) que todos nós queremos. Não tenho palavras para a torcida, é gratidão eterna. Todo o carinho desde 23 de janeiro de 2019, quando cheguei aqui, era presente. Fica aqui minha gratidão sempre por todos nós rubro-negros. Que a gente possa continuar trilhando essa linda história”, afirmou.
Motivado com o carinho do torcedor
Bruno Henrique comentou o ódio em algumas críticas por parte de membros da imprensa, mas não deixou de lembrar do carinho do torcedor do Flamengo neste período todo. O atacante, com a voz embargada, deixou claro que, se pudesse, retribuiria tudo que recebeu com um abraço simultâneo.
“Se eu pudesse, eu abraçava os 45 milhões de torcedores. Esse é o meu pensamento. Aquele carinho quando cheguei em Recife mostrou que era aquilo que eu precisava, que era mostrar essa gratidão àquelas poucas pessoas que estavam na porta do hotel. Aquele abraço foi para representar um abraço nos 45 milhões”, disse e seguiu.
“Estou aqui para ajudar, independente se jogar ou não. Estou aqui para poder passar um pouco da experiência que tenho nesse clube. Quero me preparar cada vez mais para ajudar o Flamengo”, completou.
Agradecimento aos familiares
Para suportar os momentos de tensão, Bruno Henrique pediu ajuda a profissionais para manter o foco em campo. Além disso, o jogador revelou que precisou do carinho da família para poder conseguir ajudar o técnico Filipe Luís e o time. Portanto, com 13 gols e duas assistências na temporada, o camisa 27 chamou de blindagem o trabalho em conjunto familiar e profissional.
“Primeiramente, minha família foi muito importante para mim. O clube também, com o Paulo (Ribeiro), nosso terapeuta, foi uma pessoa que falou bastante comigo. Então, tenho uma pessoa fora do clube, a minha terapeuta, que me ajudou a ter o foco só dentro de campo. Claro que, em alguns momentos, isso me atrapalhou, mas eu estava ali para dar meu melhor. Essa blindagem foi muito importante para mim. Só tenho a agradecer à minha família e a Deus. Só estou hoje no futebol por Deus. É Deus que me define, é Deus que pode me julgar e Deus que sabe a hora que posso parar ou não”, revelou.

