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Fifa avalia ampliar uso do VAR para escanteios e segundo amarelo

Entidade faz testes para maior interferência do vídeo

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Fifa avalia ampliar uso do VAR para escanteios e segundo amarelo

Bandeira da FIFA. Foto: Claudio Thoma/Keystone via AP)

Pierluigi Collina voltou a defender uma atuação mais ampla do VAR na Copa do Mundo de 2026. O chefe do comitê de arbitragem da Fifa apresentou duas propostas que pretende levar ao IFAB em março. As ideias buscam reduzir erros e ajustar decisões que ainda geram debate entre árbitros e jogadores.

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Durante um painel com jornalistas, em Washington, Collina destacou que a tecnologia pode intervir em mais situações. Ele acredita que pequenos ajustes são capazes de tornar o processo mais consistente. As mudanças, caso aprovadas, já seriam aplicadas no torneio previsto para Estados Unidos, Canadá e México.

Revisão de escanteios entra na pauta do IFAB

Uma das sugestões apresentadas por Collina envolve a revisão de lances de escanteio. Atualmente, o VAR não analisa se houve erro na marcação desse tipo de jogada. A Fifa considera que há espaço para corrigir decisões incorretas sem impacto no ritmo da partida.

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Collina explicou que o tempo entre a marcação e a cobrança cria uma janela segura para a checagem. Os jogadores precisam se reposicionar dentro da área, o que leva alguns segundos. Para ele, esse período é suficiente para confirmar se houve desvio, toque final ou interpretação equivocada da jogada.

A entidade entende que um escanteio mal marcado pode gerar consequências relevantes. Há possibilidade de gol na sequência, o que reforça a necessidade de precisão. A proposta tenta evitar que um erro simples provoque impacto direto no resultado.

Os árbitros também discutem maneiras de acelerar análises que hoje demoram além do esperado. Collina acrescentou que muitos juízes não percebem como o tempo avança durante a comunicação com o VAR. Por isso, ajustes técnicos e de procedimento estão entre as prioridades.

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Segundo cartão amarelo pode ser revisado

A outra proposta trata de situações envolvendo expulsões por segundo cartão amarelo. Hoje, a regra impede qualquer intervenção do VAR nesses casos. Mesmo quando há equívoco claro, o árbitro não pode revisar o lance. Collina considera essa limitação prejudicial.

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A Fifa entende que um jogador expulso de forma injusta altera completamente a dinâmica da partida. Por isso, a entidade deseja que o VAR tenha permissão para avaliar lances que geram o segundo cartão. A intenção é evitar que uma equipe seja punida de maneira desproporcional.

Collina reforçou que a regra atual não acompanha o desenvolvimento da tecnologia. Para ele, é possível corrigir erros óbvios sem comprometer a autoridade dos árbitros. Ainda assim, qualquer mudança depende de consenso entre as federações que compõem o IFAB.

O debate tende a ser longo, sobretudo porque o cartão amarelo sempre gerou discussões sobre interpretação. Mesmo assim, a Fifa acredita que há margem para aprimorar o protocolo. Os defensores da medida entendem que a revisão deve ocorrer apenas em casos extremos.

A entidade também planeja mudar regras sobre atendimento médico para combater a censura.

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Expectativa por decisões antes da Copa de 2026

As propostas serão apresentadas na reunião do IFAB marcada para março. A intenção de Collina é que ambas sejam analisadas com urgência. O calendário da Copa exige definição rápida para permitir treinamentos e testes antes do torneio.

A Fifa aposta que as mudanças podem elevar a qualidade das decisões e reduzir polêmicas. A entidade costuma revisar seus protocolos antes de cada grande competição. O Mundial de 2026 terá participação ampliada de seleções e exigirá processos mais fluidos.

Os próximos meses serão decisivos para confirmar o escopo final do uso do VAR. O tema desperta opiniões divididas, mas encontra apoio entre dirigentes que buscam maior precisão. Caso aprovadas, as medidas devem moldar uma edição do torneio mais alinhada à tecnologia atual.

Collina insiste que o objetivo não é tornar o futebol dependente de análises constantes. A ideia é apenas corrigir erros evidentes que podem mudar rumos importantes. A decisão final caberá ao IFAB, que historicamente avança com cautela em mudanças desse tipo.

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