Proposta da Premier League pode tirar zagueiro do Fogão ( Foto: Vitor Silva/Botafogo.)
O mercado brasileiro voltou os olhos para a Inglaterra. Flamengo e Botafogo disputam a contratação do zagueiro Jair Cunha, de 20 anos, atualmente vinculado ao Nottingham Forest. Sem sequência no clube inglês, o defensor passou a ser visto como uma oportunidade viável para a próxima temporada.
Desde que foi negociado pelo Botafogo, em julho, Jair Cunha entrou em campo apenas duas vezes em partidas oficiais pelo Nottingham Forest. A falta de espaço na equipe que disputa a Premier League abriu margem para conversas envolvendo um retorno ao futebol brasileiro.
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Flamengo avalia empréstimo e vê encaixe imediato
O Flamengo acompanha de perto a situação do jogador e estuda formalizar uma proposta nos próximos dias. A tendência é que qualquer avanço ocorra por meio de um empréstimo com opção de compra, formato considerado mais seguro pela diretoria rubro-negra.
Internamente, a avaliação é positiva. O clube busca reforçar o sistema defensivo e, ao mesmo tempo, reduzir a média de idade do elenco. Atualmente, a zaga conta com Léo Ortiz, Léo Pereira e Danilo, todos jogadores já consolidados, mas com perfil mais experiente.
A chegada de um atleta jovem, com vivência internacional recente, é vista como um movimento estratégico. Jair Cunha se encaixa nesse perfil e agrada pela capacidade física e pela saída de bola, características valorizadas pelo departamento de futebol.
Botafogo tenta repatriar zagueiro vendido em julho
O Botafogo também entrou na disputa. O clube alvinegro, que negociou Jair Cunha com o Nottingham Forest por 12 milhões de euros, voltou a procurar o estafe do jogador para entender as possibilidades de um retorno.
O primeiro contato ocorreu ainda sob o comando de Davide Ancelotti, mas não houve avanço naquele momento. Pessoas próximas ao atleta indicam que o cenário de instabilidade vivido pelo clube à época pesou contra uma negociação imediata.
Com a chegada de Martín Anselmi ao comando técnico, o ambiente mudou. A tendência é que o Botafogo retome as conversas, agora com um projeto esportivo mais definido para a próxima temporada.
Relação entre dirigentes pode facilitar acordo
Um fator relevante para o Botafogo é a relação entre os proprietários das duas SAFs. John Textor, dono do clube carioca, mantém proximidade com Evangelos Marinakis, controlador do Nottingham Forest. Esse vínculo já facilitou negociações recentes e pode voltar a ser decisivo.
Situação semelhante ocorreu na negociação envolvendo Cuiabano, quando o diálogo direto entre as partes acelerou os trâmites. No caso de Jair Cunha, esse canal aberto pode destravar um acordo que parecia distante meses atrás.
Apesar disso, o jogador e seus representantes ainda avaliam com cautela os cenários apresentados. A prioridade é encontrar um ambiente que ofereça minutos em campo e estabilidade esportiva.
Perfil físico e passagem marcante pelo Botafogo
Com 1,98 metro de altura, Jair Cunha chama atenção pelo porte físico e pelo jogo aéreo. Zagueiro destro, também se destaca pela tranquilidade na saída de bola, característica cada vez mais exigida no futebol atual.
No Botafogo, teve passagem curta, porém consistente. Foram 22 partidas disputadas no primeiro semestre, com um gol marcado logo na estreia da Copa do Mundo de Clubes, contra o Seattle Sounders, nos Estados Unidos.
Esse desempenho foi suficiente para despertar o interesse europeu. A venda ao Nottingham Forest foi oficializada logo após o torneio, em uma negociação considerada expressiva para os padrões do futebol brasileiro.
Disputa aberta e decisão em andamento
Enquanto o Flamengo avalia formalizar uma proposta e o Botafogo articula uma reaproximação, o Nottingham Forest observa o mercado. A possibilidade de empréstimo agrada ao clube inglês, que vê valor na valorização do atleta com mais tempo de jogo.
A definição ainda depende de ajustes entre clubes e do aval final do jogador. O cenário segue aberto, com os dois rivais cariocas atentos aos próximos passos.
Jair Cunha, por sua vez, vive um momento decisivo na carreira. Entre permanecer na Inglaterra sem espaço ou retornar ao Brasil em um projeto competitivo, a escolha pode definir o ritmo de sua evolução nos próximos anos.
