Flamengo prepara barca com Allan, Michael e mais jogadores
Rubro-negro já negociou o atacante Juninho com o futebol mexicano
Michael, do Flamengo. Foto: Rafael Vieira/AGIF/Alamy
O Flamengo começou a desenhar os primeiros movimentos do planejamento para 2026. Depois de uma temporada marcada por títulos e alto desempenho esportivo, a diretoria passou a tratar a reformulação do elenco como prioridade. Nesse cenário, Allan e Michael não fazem parte dos planos para o próximo ano.
A decisão ocorre logo após a venda do atacante Juninho ao Pumas, do México, e sinaliza uma estratégia clara: reduzir a folha salarial, abrir espaço para reforços e reorganizar setores com jogadores menos utilizados. O trabalho é conduzido em alinhamento com Filipe Luís, que participa das discussões desde o início do processo.
Allan perde espaço após sequência de lesões
Contratado em 2023, Allan chegou ao Flamengo cercado de expectativa. A aposta partiu de uma indicação direta de Jorge Sampaoli, que havia trabalhado com o volante no Atlético Mineiro. No Rio de Janeiro, porém, o desempenho não se repetiu.
Lesões frequentes atrapalharam a sequência do jogador, que nunca conseguiu se firmar como titular. Além disso, oscilações técnicas reduziram sua participação ao longo da temporada. Com o tempo, Allan acabou superado por jovens do elenco e por reforços de maior impacto.
A chegada de nomes experientes para o meio-campo, como Jorginho e Saúl, praticamente encerrou o espaço para o volante. Internamente, a avaliação é de que o ciclo se esgotou, apesar do investimento significativo feito pelo clube.
Flamengo busca recuperar parte do investimento
Para contar com Allan, o Flamengo desembolsou cerca de 8,2 milhões de euros, valor elevado para o padrão do futebol brasileiro à época. Agora, a prioridade é negociar o jogador em definitivo e recuperar parte do montante investido.
Aos 28 anos, Allan ainda desperta interesse no mercado. A diretoria entende que há espaço para propostas tanto do Brasil quanto do exterior. No entanto, o clube prefere uma negociação internacional para evitar o fortalecimento de concorrentes diretos em competições nacionais.
Clubes como Atlético Mineiro e Palmeiras já apareceram como interessados em janelas anteriores, mas nenhuma tratativa avançou. Para 2026, o Flamengo trabalha com mais firmeza para encontrar um destino que atenda às exigências financeiras.
Michael encerra segunda passagem discreta
A situação de Michael segue um caminho parecido. Após retornar da Arábia Saudita, o atacante não conseguiu repetir o impacto da primeira passagem pelo clube. Apesar de momentos pontuais, o desempenho geral ficou abaixo do esperado.
Um dos fatores determinantes é o salário. O acordo firmado para repatriar o jogador colocou Michael entre os vencimentos mais altos do elenco. Com menor participação em campo, a relação custo-benefício passou a ser questionada nos bastidores.
A diretoria avalia que uma transferência pode aliviar significativamente a folha salarial e abrir margem para novas contratações. Por isso, a saída é vista de forma positiva por todas as partes envolvidas.
Mercado internacional surge como principal caminho
Assim como no caso de Allan, o Flamengo prioriza negociar Michael fora do país. O entendimento é que há demanda no mercado árabe, especialmente no Catar e na Arábia Saudita, onde o jogador já construiu boa reputação.
Esses mercados são considerados mais viáveis para absorver o salário atual do atacante. Além disso, uma venda internacional evita impactos diretos no cenário competitivo brasileiro.
O clube aguarda contatos formais para avançar nas conversas. A expectativa é resolver a situação ainda no início da próxima janela, facilitando o planejamento do elenco.
Outras situações seguem em análise
As saídas de Allan e Michael não devem encerrar o processo de ajustes. Outros jogadores com pouca minutagem em 2025 estão sendo avaliados. Entre eles, aparecem Matías Viña, que enfrentou problemas físicos importantes, e Everton Cebolinha, que tem contrato até o fim de 2026.
Cada caso é tratado de forma individual. A diretoria busca equilíbrio entre desempenho esportivo e responsabilidade financeira, sem promover uma reformulação abrupta após um ano de conquistas.
Reformulação começa de forma gradual
A negociação de Juninho com o Pumas, por cerca de 5 milhões de dólares, já abriu caminho para esse novo momento. Com as saídas encaminhadas, o Flamengo ganha margem para atuar no mercado com mais liberdade.
A ideia não é desmontar a base vencedora, mas ajustar o elenco de forma cirúrgica. Allan e Michael representam o primeiro passo de um processo que deve avançar com cautela, acompanhando oportunidades e mantendo o clube competitivo em alto nível.

