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Mudanças no Brasileirão 2026: começo mais cedo, VAR semiautomático e fair play financeiro

Próxima edição do Campeonato Brasileiro já começará em janeiro

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Mudanças no Brasileirão 2026: começo mais cedo, VAR semiautomático e fair play financeiro

Brasileirão encerrará os trabalhos neste domingo (7) (Foto: Marlon Costa/AGIF)

O Brasileirão 2025 chegou ao fim e a maioria dos clubes já projeta a próxima temporada após as permanências na elite. O campeonato voltará com mudanças relevantes, que atingem calendário, arbitragem e controle financeiro dos elencos. As alterações foram definidas pela CBF após discussões com clubes e federações, buscando ajustes estruturais para 2026.

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Calendário antecipado e recesso para a Copa do Mundo

O Brasileirão começará mais cedo em 2026. A CBF marcou a primeira rodada para 28 de janeiro e o fim para 2 de dezembro. A mudança considera o recesso obrigatório para a Copa do Mundo, disputada de 11 de junho a 19 de julho, e pretende dar mais folga ao elenco durante o ano.

Jogadores e dirigentes pedem há tempos um calendário menos apertado. O novo formato tenta aliviar a carga, mas a primeira parte do ano seguirá intensa. Os estaduais ocorrerão entre 11 de janeiro e 15 de março. Com isso, muitos clubes terão semanas com dois jogos oficiais, alternando o Estadual e o Brasileirão.

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Além disso, os 20 participantes da Série A estão confirmados na Copa do Brasil, que ampliará o número de equipes de 96 para 126. O aumento engrossa a agenda, já que a competição continua distribuída em fases eliminatórias ao longo da temporada.

Impedimento semiautomático chega ao VAR

O VAR também sofrerá mudanças importantes. A CBF vai adotar o impedimento semiautomático, tecnologia usada em competições europeias e na Copa do Mundo. A expectativa é reduzir o tempo de checagem e elevar a precisão das decisões.

A novidade utiliza sensores dentro da bola e um conjunto de câmeras posicionadas ao redor do campo. As imagens em alta velocidade são cruzadas com esses dados, permitindo identificar a posição exata do atleta no momento do passe. O sistema gera uma imagem em 3D com apoio de inteligência artificial, destacando partes do corpo que determinam a irregularidade.

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O árbitro de vídeo continua responsável pela decisão final. A tecnologia, porém, filtra a análise e reduz a margem de erro existente no traçado manual de linhas, ainda usado no Brasileirão 2025.

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Fair play financeiro entra em vigor para controlar gastos

O fair play financeiro começará a valer em 2026. O projeto foi apresentado no Summit Academy, em São Paulo, e discutido por clubes da Série A e B, federações e especialistas. O objetivo é estabelecer regras claras de gasto, endividamento e responsabilidade contratual.

A fiscalização será feita no Domestic Transfer Matching System, plataforma unificada que reunirá valores de transferências, contratos e despesas. O registro de atletas só será possível após a publicação das informações no sistema. Clubes e jogadores poderão acionar o órgão regulador em caso de descumprimento de pagamentos.

O modelo, chamado de Sistema de Sustentabilidade Financeira, se apoia em quatro pilares: controle de dívidas em atraso, equilíbrio operacional, limite de gastos com elenco e controle do endividamento de curto prazo. A Série A poderá comprometer até 70% das receitas com o elenco. A Série B terá limite de 80%.

O endividamento de curto prazo não pode ultrapassar 45% do faturamento anual. Há um período de transição até 2030 para adequação total. O déficit máximo permitido, avaliando os três últimos exercícios, será de até 30 milhões de reais ou 2,5% das receitas na Série A. Na Série B, o teto é de 10 milhões ou 2,5%.

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Se o clube exceder algum limite, entrará em monitoramento. A CBF promete acompanhamento constante e punições progressivas para quem descumprir as regras.

Better Collective