Home Futebol Primeiro jogador a brilhar com a 10 do Palmeiras foi sinônimo de raça e deixou Flamengo após ter tido camisa queimada

Primeiro jogador a brilhar com a 10 do Palmeiras foi sinônimo de raça e deixou Flamengo após ter tido camisa queimada

Jair fez história no futebol brasileiro na década de 50 e teve passagem marcante pelo Verdão

Cido Vieira
Cido Vieira é um jornalista graduado no Centro Universitário Uninter que trabalha como redator no Torcedores.com desde 2017, com cobertura focada em futebol brasileiro e mídia esportiva. Acumula dentro de sua trajetória na profissão experiência na área radiofônica, sendo setorista de clubes pernambucanos, cobrindo Brasileirão e Copa do Nordeste.

A camisa 10 representa em suas origens no futebol aquele jogador “pensante” que faz o time jogar com cadência, distribuindo toque refinados na bola. Embora esteja carente de um “10” nas últimas décadas, o Palmeiras se orgulha de ter tido vários nomes emblemáticos que vestiram esta numeração em sua rica histórica.

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Um dos primeiros a brilhar com a 10 foi Jair Rosa Pinto. Nascido em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, o “Jajá” não só foi protagonista no clube palestrino, como também vestiu a 10 da Seleção Brasileira por muito anos, inclusive no fatídico jogo da Copa do Mundo de 1950.

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Mas antes de chegar ao Palmeiras, em 1949, Jair teve uma passagem turbulenta pelo Flamengo, onde acabou deixando o clube da Gávea após uma goleada de 5 a 2 para o Vasco – clube onde ele iniciou a carreira. Naquela oportunidade, “Jajá” foi acusado de ter sido subornado para entregar o jogo e também teve a sua camisa queimada por torcedores. O próprio jogador explicou a situação depois, alegando que tudo não passou de um boato inverídico espalhado por Ary Barroso.

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Após estes problemas, Jair se firmou no Palmeiras e passou a comandar o time em jogos importantes. Na finalíssima do Paulistão de 1950, ele foi símbolo da vitória épica do Verdão sobre o arquirrival São Paulo, no duelo que ficou conhecido como “Jogo da Lama”. Em gesto que ficou eternizado, “Jajá” foi flagrado pedindo raça aos companheiros Oberdan Cattani e Nestor. E a entrega acabou surtindo efeito, e o time alviverde virou o embate e se sagrou campeão.

No ano seguinte, Jair liderou o Palmeiras na conquista da Taça Rio diante da Juventus, título que o Verdão tanto brigou para classificar como Mundial. Com a camisa alviverde, Jair Rosa Pinto atuou em 241 partidas, tendo vencido 141, empatado 45 e derrotado em 55 oportunidades. Foram 71 gols marcados.

Após deixar o Palmeiras em 1955, o meia ainda atuou por Santos, São Paulo e Ponte Preta. Posteriormente a sua aposentadoria dos gramados, Jair seguiu no futebol executando a função de treinador, chegando a comandar o próprio Palmeiras, mas nunca obteve sucesso no novo desafio. Jajá faleceu no dia 28 de julho, aos 84 anos de idade.

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Curiosamente, Jair Rosa Pinto é inspiração do nome de Jair Bolsonaro, atual presidente da república.

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