Fernandão tinha respeito, mas nenhum tipo de medo do Barcelona. Esse era o seu pensamento na véspera da grande final do Mundial de 2006, vencida pelo Inter por 1×0 e atração para os colorados na tarde deste domingo – a partir das 15h45, a RBSTV transmitirá a reprise do maior título colorado.
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Na época, o capitão colorado topou o convite de escrever um diário virtual dos dias da viagem ao Japão no site ClicRBS. Abaixo, reproduzimos na íntegra o que Fernandão escreveu no dia 16 de dezembro, um dia antes do jogo contra o time espanhol, cuja “manchete” do texto era “SONHO POSSÍVEL”:
“Eu respeito o Barcelona. Eu respeito a estrutura do Barcelona. Eu respeito o time de muita qualidade que o Barcelona conseguiu montar. Mas eu não tenho medo do Barcelona! E aposto que vocês também não têm! Ou tem algum colorado com medo? Duvido! Quando você trabalha com disciplina e, principalmente, acreditando naquilo que é capaz de fazer, as coisas acontecem! Muitos gostariam de estar no nosso lugar, mas só isso não basta! Nosso grupo não se contenta com o fato de estar na final! Queremos mais! Queremos o título! Nesse domingo vamos ver a história acontecer diante dos nossos olhos! E, mais uma vez, o pensamento positivo de todos vocês será fundamental! Vou convocar de novo: QUERO LER MUITAS MENSAGENS DE BOA SORTE!!! COLORADOS, bom jogo para todos nós! Abraços“, publicou.
Fernandão não aguentou o jogo inteiro
Em campo, Fernandão se sacrificou em prol do time marcando o volante Thiago Motta e terminou esgotado antes do final do segundo tempo, quando sentiu severas câimbras na panturrilha. Ele até tentou voltar a campo, mas não conseguiu permanecer.
Por ironia do destino, quem entrou na vaga de Fernandão foi exatamente o contestado Adriano Gabiru, autor do gol da vitória após assistência perfeita de Iarley.
Fernandão seguiu no Inter até o meio de 2008. Tempo suficiente para vencer a Recopa Sul-Americana e mais um Gauchão antes de ser vendido ao Al-Gharafa, do Catar. Em 2011, voltou com diretor de futebol e assumiu como treinador no meio de 2012, deixando o clube por demissão faltando duas rodadas para o fim do Brasileirão. De forma trágica, ele faleceu em acidente de helicóptero em Goiás, em 7 de junho de 2014.
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