Na manhã do último sábado (21), Justin Herron, que está treinando para a próxima temporada no Arizona, estava andando por um parque local quando ouviu o grito de uma mulher. Ao se aproximar do local, percebeu que um homem havia empurrado uma senhora no chão e estava atacando-a pelas costas, em uma tentativa de abuso sexual.
Herron gritou com o agressor e, com seus 2 metros e 140 quilos, ele conseguiu segurar o homem de 30 anos até a chegada da polícia. O atleta contou com a ajuda de Murray Rogers, um morador de Phoenix, que também presenciou a cena e correu para ajudar a vítima.
Por conta de suas ações, Herron e Rogers receberam, nesta quarta-feira (24), um certificado de cidadão excepcional (Outstanding Citizen) do departamento da Polícia de Tempe. De acordo com a detetive Natalie Barela, se os dois não tivessem intervindo, o ataque poderia ser muito pior, mas que a professora de 71 anos de idade, apesar do trauma, está fisicamente bem. A vítima se reencontrou com seus “anjos da guarda”, como ela mesma disse, e os agradeceu pessoalmente.
Tempe PD presented awards to two men, including @Patriots offensive lineman Justin Herron, credited for stopping a sexual assault in a Tempe park on Saturday. https://t.co/z1LkHkmE9b
— 12 News (@12News) March 24, 2021
Sobre o encontro, Herron disse: “Foi emocionante vê-la, mas também foi doloroso ver como ela respondeu ao trauma e como está lidando com isso. Ninguém deveria passar por isso. Ninguém. Ela tem um ótimo sistema de apoio, e estou feliz que ela tem esse sistema de apoio. Foi emocionante para mim. Foi emocionante para todos na sala vê-la.”
Em entrevista, Justin Herron, um OL de 25 anos que foi draftado de Wake Forest na sexta rodada pelos Patriots, e que participou de 12 jogos na última temporada (sendo 6 deles como titular), contou o que aconteceu naquele dia:
“Eram 11 horas, meio do dia, nenhuma nuvem no céu e era um campo muito aberto. O fato de ter acontecido ali, naquela hora, foi muito chocante. Naquele momento, eu gostaria de falar no que estava pensando. Só sabia que alguém precisava de ajuda. Tudo o que pude fazer foi me apressar até lá para ter certeza de que poderia ajudar a vítima e ter certeza de que poderia confortá-la e ser a melhor pessoa que posso ser.”.
“Sou um jogador de futebol americano, então sou meio grande […] Eu tento não ser muito agressivo com as pessoas sabendo que eu poderia machucar alguém. Eu tenho uma voz muito alta, então tudo que eu fiz foi apenas gritar, dizer a ele para sair de cima dela e então o arranquei. E eu disse para ele sentar e esperar até que os policiais chegassem.”.
Felizmente, o acontecimento vai na contramão do que geralmente é visto nas “páginas policiais” da NFL, nas quais os jogadores geralmente são os agressores. O caso mais recente é o de Deshaun Watson, que está sendo acusado por diversas mulheres de assédio sexual.

