Indicado por Renato Portaluppi para disputar a titularidade do Grêmio na temporada de 2019, o goleiro Julio César precisou pausar a carreira no ano passado por conta de um drama familiar e dedicou seu tempo e energia para ajudar o pai a vencer um câncer na garganta. A missão foi cumprida, o pai se recuperou e o jogador relembrou detalhes ao site UOL.
“Eu orei e recebi que era tempo de dar uma pausa, de estar com ele. Foi uma decisão que me trouxe tranquilidade e paz. Muitos acharam que eu era maluco, me chamara de louco por fazer isso. De nada adiantaria ter acertado com um grande clube e não estar ao lado do meu pai, dar forças a ele, independente dele ter se curado ou ter partido, eu tinha que fazer o meu máximo como filho”, explicou.
Na época, o goleiro que atualmente tem 35 anos já negociava com o Grêmio a saída do clube e tinha propostas, até de fora do país, para dar continuidade. Mas ele preferiu pausar tudo e estar com o pai:
“Eu sempre tive certeza de que, apesar de todas as dificuldades que nem imaginávamos, ele seria curado e eu iria voltar à ativa, aos treinamentos e a minha carreira”, disse, antes de acrescentar:
“Foi um período diferente, uns meses que me dediquei só a ele (pai). Como sempre tive facilidade para me cuidar a nível profissional, nunca fui de engordar por conta do meu biotipo, não tive problema. Agora, com a questão de treinamentos ainda mais sendo goleiro… Nesses últimos tempos tenho treinado com um preparador de goleiros, como se fosse um personal, com academia e um contexto quase completo da profissão para estar a altura quando retornar ao clube”.
Julio César não chegou a ter muitas chances no Grêmio
Reserva de Paulo Victor em 2019 e de Vanderlei em 2020, Julio César pouco jogou com a camisa do Grêmio e ainda ficou marcado por uma falha na derrota de 5×4 para o Fluminense, na Arena, no Brasileirão de 2019. Na carreira, ele também passou por Botafogo, Fluminense, Belenenses (POR), Granada (ESP), Benfica (POR) e Getafe (ESP).
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