A Justiça da Itália pediu a localização do atacante Robinho e do empresário Ricardo Falco, ambos condenados no dia 15 de fevereiro pelo estupro de uma mulher em uma boate na Itália, cometido em 2013, mas a Polícia Federal ainda não enviou as informações, segundo o UOL. O procedimento, com isso, segue parado desde a condenaçao de Robinho, sendo impossível um pedido de extradição para a Itália ou transferência de pena para o Brasil.
A Polícia Federal se posicionou ao UOL e informou que Robinho não será extraditado por ser um cidadão brasileiro nato, o que é vedado pelo Tratado de Extradição firmado entre Brasil e Itália. A transferência de pena, porém, é uma possibilidade que pode ser pedida pela justiça italiana ao Brasil.
Robinho e Ricardo Falco foram condenados em última instância na Itália, no Tribunal de Cassação, e os pedidos de prisão internacional para ambos foi feito pelo Ministério Público de Milão. A pena é de 9 anos de prisão. Robinho não joga profissionalmente desde o fim de 2020, quando deixou o Sivasspor, da Turquia.
Robinho praticou o crime com amigos em 2013
Robinho estuprou a vítima ao lado de amigos em uma boate em Milão, em 2013, quando ainda era jogador do Milan. A defesa de Robinho tentou utilizar do argumento de que a prática foi consensual, utilizando pontos da vida privada da vítima para justificar o ato. No último julgamento, em que voltou a ser apresentado um ‘dossiê’ da vida da vítima, o presidente da Corte de Cassação disse ao advogado de Robinho que aquele não era um local indicado para essa tentativa.
A Justiça da Itália apontou que a vítima não tinha condições psíquicas e físicas de consentir ao ato. Em áudios vazados em 2021, Robinho disse que todos tinham consciência do estado de embriaguez da mulher. Ele disse, ainda, em entrevista ao UOL, que não cometeu crime algum, e que seu único erro foi trair sua esposa.

