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Bahia abre proposta do Grupo City avaliada em R$ 1 bilhão

Acordo entre o Esquadrão de Aço e grupo internacional pode bater o recorde de cifras em SAFs no Brasil

Bruno Bravo Duarte
Bruno Bravo Duarte é um jornalista que atua como editor, redator e repórter há mais de dez anos. Formado em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá em 2004, teve passagens por EQI Investimentos, Naspistas.com, Jornal Povo, Jornal do Rock e Niterói TV. Atualmente no Torcedores.com

Na noite dessa sexta-feira (23), o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, se reuniu com os conselheiros do clube para apresentar maiores detalhes da proposta feita pelo City Football Group. A instituição tem como objetivo adquirir a empresa que administra o futebol do Bahia.

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O City propôs o aporte de R$ 1 bilhão por 90% da companhia que irá administrar a SAF tricolor. Desse total, R$ 500 milhões são para investimentos em novos jogadores, R$ 300 milhões para quitar dívidas e R$ 200 milhões para outras aplicações, como infraestrustura, categorias de base e capital de giro. O prazo contratual entre o clube baiano e o grupo seria de 15 anos.

O negócio pode ampliar ainda mais o futebol do Bahia e o alto capital oferecido pode garantir maiores reforços, o que estimularia a competitividade do clube em campeonatos. Se a proposta for acordada, o City terá como obrigação manter a folha salarial da empresa no que for mais rentável: R$ 120 milhões anuais ou 60% da receita bruta da SAF, excluíndo transferências de jogadores.

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Outro fator relevante está associado às dívidas da associação civil, que serão liquidadas. Em resumo, o Bahia negociará os seus débitos com credores, sem que haja necessidade de entrar em um processo de recuperação judicial. Segundo o contrato apresentado em reunião, o grupo City quitaria as dívidas existentes.

A proposta visa manter a marca como uma propriedade de associação civil. Na prática, o nome Bahia na SAF estará associado ao pagamento de royalties, que contabilizarão o montante de R$ 2,5 milhões por ano. Esse acordo preserva itens do clube como hino, escudo, brasão, apelidos, cores, entre outros. Qualquer alteração, estará sujeita à votação na associação.

Programas sociais do Esquadrão de Aço, como o “Camisa Popular”, que barateia custos do uniforme, e “Dignidade aos Ídolos”, que entrega bolsas para ex-jogadores necessitados serão preservados na nova gestão.

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Sobre as SAFs

Para aprovação da SAF, o clube precisa convocar uma assembléia com os sócios. Caso a proposta seja aceita, o Bahia seguirá o mesmo processo feito por outros times brasileiros, como Botafogo, Vasco e Cruzeiro.

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Vale destacar o alto valor, de R$ 1 bilhão, oferecido pelo City ao Tricolor. O Glorioso do Rio atua no Brasileirão Série A e fechou uma parceria de R$ 400 milhões mais aportes anuais, mesmo valor para o Cruzeiro na segunda divisão. Já o Vasco, contabilizou R$ 700 milhões com a 777 Partners.

Com a aquisição de 90% do capital referente ao futebol, o Grupo City terá total autonomia para comandar o Tricolor. Os outros 10% estariam vinculados à associação civil Esporte Clube Bahia, que teria uma participação minoritária.

Por fim, a governança será feita por um Conselho de Administração composto por seis pessoas. Cinco indicadas pelo Grupo City e uma pelo Esporte Clube Bahia, que terá como papel monitorar a administração da empresa.

Grupo City

Caso assuma o comando do Bahia, o Grupo City irá implantar a mesma metodologia adotada em outros clubes espalhados ao redor do mundo, o que inclui tecnologia própria e inclusão dos baianos em redes para captar novos talentos.

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O mentor desse projeto é Ferran Soriano, que escrevou o livro “A bola não entra por acaso”. O gestor anotou bons resultados em seu portfólio, ao passar pelo Barcelona entre 2003 e 2008. Para Soriano, a troca de informações e de jogadores, é primordial em uma multinacional esportiva.

A empresa tem como foco expandir a sua atuação à nível global e nesse contexto, a City buscava um clube na América do Sul. O grupo chegou a conversar com o Atlético-MG, porém as negociações não avançaram.

O contato com o Bahia surgiu em setembro do ano passado, quando os dirigentes do Esquadrão de Aço se aproximaram de representantes do City. A ponte entre o clube e a empresa foi feita por Paulo Pitombeira, empresário do craque Gabriel Jesus, do Manchester City.

Val ressaltar, que o grupo administra também os Citizens e dessa forma, o Bahia ocuparia a segunda posição na escala de investimentos da empresa.

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