Um dos maiores, talvez o maior, rumor da Fórmula 1, neste pós temporada, se confirmou:
Mattia Binotto não é mais chefe de equipe da Ferrari para 2023. O engenheiro estava no cargo, desde 2019.
A saída do dirigente foi confirmada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 29 de novembro.
“Com algumas implicações, resolvi terminar minha colaboração com a Ferrari”, disse Binotto no comunicado oficial, divulgado pelo time de Maranello.
Por “implicações” entende-se as perdas dos campeonatos de 2019 (com Sebastian Vettel) e 2022 (com Charles Leclerc). Principalmente, nessas temporadas houve uma série de erros que colaboraram para a Ferrari “entregar” os títulos a Lewis Hamilton e Max Verstappen, principalmente, na questão da estratégia de corrida.
” Os chefes das demais equipes muitas vezes se incomodavam com a maneira implacável como (Binotto) conseguia proteger os interesses ferraristas nas discussões com a FIA, o que inclusive colaborou para o acordo costurado com a entidade que impediu que a Ferrari fosse punida quando foi descoberto que eles exploravam uma área cinzenta do regulamento de motores ao final de 2019″, analisa a jornalista Julianne Cerasoli em seu blog no UOL.
Carreira de Binotto na Ferrari
Mattia Binotto estava, desde 1994, na Ferrari. Trazido pela dupla Jean Todt e Ross Brawn como parte da reestruturação da equipe (que mais tarde culminaria com o pentacampeonato de Michael Schumacher na equipe, o ítalo-suíço era visto como alguém de personalidade calma e que conhecia o time profundamente. Antes de chegar ao cargo de chefe de equipe, ele se destacou na área de chefe de motores.
“O processo para contratação de um novo chefe de equipe deve terminar, antes do ano novo”, declarou a diretoria da Ferrari, ainda em comunicado oficial.

