Aos 38 anos, Bruno, afastado do futebol profissional, ainda não se desligou totalmente dos gramados. Anunciado como reforço do Orion FC, que vai disputar a Super Copa Pioneer, o goleiro foi tratado como reforço importante pelo clube do bairro Jardim Noronha, na zona Sul de São Paulo. Porém, a organização do torneio amador emitiu nota e deixou claro que a inscrição não foi autorizada.
Mesmo que se permita o cadastro de jogadores no decorrer do campeonato, Bruno está impedido de fazer parte da disputa. Além disso, apontou-se que a decisão teve justificativa no apoio às mulheres que fazem parte da Super Copa Pioneer, já que o goleiro foi condenado pela morte de Eliza Samúdio.
“Afirmamos que o atleta não disputará a Super Copa Pioneer Netshoes. Ainda que o regulamento permita a inscrição de jogadores no decorrer do campeonato, ressaltamos que em nenhum momento o jogador foi autorizado a disputar a competição, sem nenhuma inscrição oficial aprovada ao time responsável. Decisão essa tomada com unanimidade pela organização e corpo diretivo da competição, e que se faz necessária, sobretudo em prol de todas as mulheres que compõem a Super Copa Pioneer Netshoes, desde profissionais, voluntárias e torcedoras. Repudiamos qualquer tipo de violência e aceitar sua participação seria extremamente danoso aos princípios e valores do torneio”, afirmou o comunicado.
Situação de Bruno
Condenado pelo assassinato de Eliza Samúdio, Bruno, em 2013, teve uma pena de 22 anos e três meses decretada. Porém, em 2019, o goleiro foi transferido para o regime semiaberto, mas sua carreira não foi retomada de forma completa. No início deste ano, o atleta ganhou liberdade condicional por decisão da Justiça do Rio. Sendo assim, o ex-arqueiro do Flamengo não possui mais limitações sobre o horário em que se encontra fora de casa.

