No próxima sábado, o Manchester City enfrentará a Inter de MIlão na decisão da Champions League. A equipe de Guardiola entra como favorita contra os italianos, cerca de dois anos após ter sido derrotado nessa mesma fase da competição.
O local do jogo, Istambul, tem um grande significado para os Citizens, que sofrendo grande decepção por ali há muitos anos. Em 1968, como campeão da Inglaterra, o City enfrentou o Fenerbahce no local na primeira rodada da Champions League, que na época ainda era chamada de Copa da Europa. O treinador do time inglês provocou muito os adversários, entretanto, na hora da partida, os turcos levaram a melhor por 2 a 1.
Devido a isso, o City foi eliminado da competição e só disputaria a Champions League cerca de 43 anos depois. Mesmo mais de 50 anos depois, as decepções continuariam perseguindo os Citizens na maior das competições europeias.
Após o time ter sido adquirido pelos milionários do Oriente Médio, a situação mudou dentro da Inglaterra, com o City entrando entre os que sempre disputavam o título da Premier League. Contudo, isso não aconteceu na Europa, com a Champions League ainda continuando um sonho distante.
O comentarista da ESPN Mark Ogden relatou que o clube foi atrás de Guardiola há sete anos com a esperança de que o treinador pudesse colocar um fim na espera do Manchester City. No entanto, o espanhol esbarrou nos mesmos obstáculos de seus antecessores.
Manchester City começou a crescer na Europa com Pep Guardiola
Mark Odgen trouxe uma descrição de toda a caminha dos Citizens sob o comando do treinador espanhol. Na primeira temporada do treinador na Champions League, o City parou no Mônaco nas oitavas de final, uma equipe que contava com grandes craques, entre eles Mbappé, Fabinho e Bernardo Silva.
A situação continuou parecida nos anos seguidos, com derrotas nas quartas de final para Liverpool e Tottenham. Um problema persistente no time de Guardiola era o excesso de gols sofridos, o que resultada em derrotas decepcionantes.
Na edição seguinte, uma nova decepção, dessa vez contra o Lyon, com uma escalação confusa enviada a campo por Guardiola e muitas críticas ao treinador. Somente no ano seguinte, durante a epidemia de Covid-19, os Citizens conseguiram chegar a final da Champions League, onde enfrentaram o Chelsea.
Na decisão, Guardiola tomou outra decisão muito criticada. Ele mudou seu esquema tático para a final, usando uma equipe sem centroavante e colocando De Bruyne como um falto nove. Um gol isolado de Kai Havertz garantiu o título dos Blues.
Em meio a tantos traumas, o maior deles aconteceu na temporada passada, quando o Manchester City estava com praticamente confirmado na final, vencendo por uma vantagem de 5 a 3 (placar agregado). No entanto, sofreu dois gols do brasileiro Rodrygo nos acréscimos e viu o adversário levar a partida para a prorrogação e vencer.
Com isso, os Citizens chegam nessa temporada, mais confiantes do que nunca e, aparentemente, com a garantia de que os erros do passado foram erradicados.

