Flavio Prado ainda acredita em Diniz na seleção brasileira.
Apesar do péssimo momento do Brasil nas Eliminatórias, Flavio Prado não condenou o trabalho de Fernando Diniz. Em debate na Jovem Pan, houve uma sinalização de que o treinador interino contou com uma série de adversidades no início da trajetória após ser contratado pela CBF. Neste cenário, a ausência de confiança e lideranças no elenco foram mencionadas no discurso.
“Os jogadores, no começo, tiveram uma assimilação boa. Mas, depois da primeira derrota, faltou confiança para o pessoal fazer aquilo que o Fernando Diniz gosta que se faça. Teve uma coisa muito séria: o Neymar fora. Sem o Neymar, a seleção é muito comum. Além do Neymar, ele perdeu jogadores como Thiago Silva e Casemiro.”, iniciou Flavio Prado, no programa Canelada.
“A confiança vai diminuindo e fica mais difícil executar aquilo que o Diniz gosta, que é o jogo de ousadia e riscos”, completou.
Logo depois, Flavio Prado destacou que, com tempo disponível, Fernando Diniz pode recolocar o Brasil nos eixos. Isso porque o técnico conseguiu ter êxito à frente do Fluminense, mas o sucesso não foi instantâneo.
“Nos últimos jogos, o Diniz não insistiu tanto em tentar colocar suas ideias porque faltava confiança. Só o tempo vai fazer a coisa funcionar. Ele voltou pro Fluminense e o trabalho estava tão bem enraizado que ele ganhou a Libertadores. Isso demanda tempo, se acreditar em uma ideia, mas que demanda confiança. Com as derrotas, a coisa ficou mais difícil.”, pontuou.
Flavio Prado não vê “terra arrasada” na seleção
Em relação aos resultados, Flavio Prado lembrou os adversários de peso que o Brasil encarou nas Eliminatórias. Por conta disso, o jornalista fez questão de rechaçar a possibilidade de julgar a atual geração como perdedora.
“Essa análise minimalista de ‘ganhou é bom, perdeu é ruim’, é uma análise de botequim. Já vi seleções muito boas perderem Copas, e seleções que não eram tão boas ganharem (…) O Brasil perdeu os últimos três jogos. Perdeu da Argentina, do Uruguai, no Uruguai, e da Colômbia, na Colômbia. Perder da Argentina faz parte.”, afirmou.

