Arena Grêmio (Foto: Pedro H. Tesch/Getty Images)
O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, questionou a medida da CBF que adiou os jogos dos clubes do Rio Grande do Sul por 20 dias. De acordo com o mandatário, em entrevista ao programa Tá Na Área, do Sportv, o torneio deveria ser paralisado por uma ou duas rodadas.
Alguns times do campeonato ofereceram suas dependências para o Imortal treinar e jogar em meio as enchentes que assolam o estado. Guerra abordou o aspecto emocional, dando a entender que o Grêmio não tem condições para atuar neste momento difícil.
“Eu sou da opinião que deveria parar, no mínimo, a próxima rodada, talvez duas. Mas é muito grave a situação. Alguns demonstraram ser favoráveis. Se todos os presidentes estivessem na nossa condição, pensariam a mesma coisa. Mas não estão, então não conseguem ter a verdadeira dimensão. Alguns foram favoráveis, alguns silenciaram e outros querem acompanhar mais, se mostraram reticentes. Ainda falta muito para melhorar aqui”, explicou.
O centro de treinamento do Grêmio e o estádio sofreram com danos em seus gramados e não há previsão para uma normalização. Guerra também abordou os profissionais do clube, que foram vítimas da tragédia como um todo.
“Futebol é festa, alegria, uma expressão da cultura brasileira. E me sinto agredido vendo comemorar gol em outros estados e a gente sofrendo, corpos boiando, as pessoas morrendo. Muito grave o que estamos vivendo. Não sei onde vamos treinar, jogar. Juro que hoje isso pouco importa. Estamos em uma fase de sobrevivência e de ajudar o próximo, de buscar água, de dar alimento” realçou.
Grêmio suspenso pela CBF e Conmebol
A CBF e a Conmebol suspenderam os próximos jogos do Grêmio no Brasileirão e na Libertadores. Enquanto a entidade brasileira afastou o time gaúcho até o dia 27 de maio, a organização sul-americana optou por adiar a partida entre Grêmio e Estudiantes.
