Romário, ex-atacante da seleção brasileira (Reprodução/SBT)
Romário concedeu entrevista para o “ge.globo”. Ao recordar histórias de sua vitoriosa carreira no futebol, o camisa 11 lembrou dos problemas que teve com alguns colegas de times e de seleção brasileira, entre eles Müller. O ex-atacante foi seu parceiro nas Copas do Mundo de 1990 e 1994, com o Baixinho sendo seu reserva na Itália e titular no tetracampeonato nos Estados Unidos, enquanto o atual comentarista da TV Gazeta ficou no banco.
O eterno artilheiro admitiu que Müller não queria sua presença no Mundial de 1990, quando o Brasil parou na Argentina nas oitavas-de-final. “Trairagem tem. Pelo menos tinha na minha época. Principalmente se for um cara que é da sua posição e existe probabilidade de você ficar no banco para aquele cara. Antigamente o cara puxava mesmo a corda para esse malandro cair”, declarou Romário.
Romário brincou sobre Edmundo: “Comprei o barulho dele”
Sempre consultado sobre a rivalidade com Edmundo, o atual senador e presidente do América-RJ abriu as portas para uma reconciliação com o Animal. Assim, recordou ter feito as pazes com nomes como Vanderlei Luxemburgo e Zico. “Eu não me arrependo de ter tido os problemas que tive com as pessoas. Aqueles que eu consegui resolver, eu resolvi. Com Vanderlei, Zico…”, citou.
Questionado se o ex-parceiro de ataque no Flamengo, Vasco e Fluminense poderá ser uma das atrações da Romário TV, seu canal no YouTube, o ex-camisa 11 não descartou. “O Edmundo, a gente se desentendeu por muitos anos. Existe uma possibilidade, independentemente de vir ao programa ou não, de se cruzar um dia e voltar a falar”, pontuou Romário.
Além disso, recordou com bom humor quando defendeu Edmundo depois de ter levado um soco por trás do zagueiro Zandoná, do Vélez Sarsfield, em 1995. “Comprei o barulho dele, daquele otário”, divertiu-se, ao descrever como agrediu o defensor argentino que bateu em Edmundo. “Dei-lhe uma voadora, achando que o cara ia cair. O cara… dois metros, foi tipo goiabeira assim: envergou e voltou”, detalhou.
Erro de avaliação com Tite na seleção brasileira
Ao avaliar a seleção brasileira que irá estrear Carlo Ancelotti amanhã (5) contra o Equador pelas Eliminatórias, Romário apontou um erro importante cometido pela CBF. Na sua visão, Tite tinha que ter deixado o comando do Brasil logo após a eliminação para a Bélgica na Copa do Mundo de 2018. “A CBF já errou lá atrás, quando o Tite foi técnico da Copa do Mundo. Ele perdeu e continuou. Na minha opinião já tinha que ter mudado o ciclo ali”, avaliou o ex-atacante.
Por fim, Romário lamentou a fase difícil da seleção brasileira, ressaltando que o torcedor não sente mais entusiasmo em vê-la jogar e tampouco assusta os adversários. “Nós estamos muito longe de um futebol convincente, um futebol que, realmente, não é que dê medo, porque talvez o Brasil nunca mais vá dar medo”, alertou.
