Ex-presidente do Atlético-MG criticou atual diretoria (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
O Atlético-MG segue com sua crise financeira, mergulhado em dívidas que já passam de R$ 1 bilhão, pendências com o elenco e sem definição sobre potenciais investimentos a serem feitos no clube. E a situação tem sido alvo dos mais diversos comentários de figuras próximas e históricas do clube.
Uma delas é Alexandre Kalil. Ex-presidente do Galo entre 2008 e 2014 e mandatário em um dos períodos mais vitoriosos da história do clube, principalmente pela Libertadores de 2013, o dirigente deu entrevista ao jornal O Tempo e não poupou críticas a atual gestão do clube. Em especial aos dois principais acionistas da SAF atleticana, Rubens e Rafael Menin.
‘Falta alma’
Para Kalil, o Atlético-MG está ‘sem alma’ diante dos problemas aos quais a atual gestão vem passando, especialmente no âmbito financeiro. Em seu comentário, o ex-dirigente do clube afirmou que os principais responsáveis pelo clube ‘não conseguiram entregar’ uma situação melhor para resolver todos os problemas de débitos ligados ao time.
“Falam que está faltando dinheiro, que falta isso e aquilo. Falta alma, tá certo. O que o Atlético perdeu foi alma. O Atlético sempre passou aperto. Acharam que iriam entregar. Viram como é difícil mexer com isso”, afirmou.
Dentro do clube, Alexandre Kalil sempre se manifestou crítico aos Menin e ao modelo de gestão implementado por eles. Tal posição resultou em seu afastamento da política interna atleticana quando houve a criação da SAF, da qual os dois empresários, parte do chamado grupo dos ‘4Rs’, são dos principais acionistas.
Resumo da crise
A crise do Atlético-MG tem atingido até o elenco. Nesta semana, foi reportado que o clube atrasou os salários a serem pagos no começo de julho aos jogadores e os direitos de imagem. Além disto, outras pendências com o elenco já foram admitidas, assim como há também dívidas com outros clubes, agentes e até ex-atletas do Galo.
Como tentativa para solucionar os problemas, o clube tem procurado investidores para fazerem aportes no clube, mas até agora não houve interessados. Uma indicação é de que os próprios Menin deverão ser os responsáveis por colocar dinheiro no clube, mas ainda sem a definição de quanto irão investir.
