Celso Rigo, empresário a apoiador de Marcelo Marques (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Dentro de campo, o Grêmio tem sido motivo de preocupação para os torcedores. A equipe comandada por Mano Menezes continua instável, obtendo mais resultados negativos do que positivos, como aconteceu neste sábado (2), quando perdeu por 1 a 0 para o Fluminense, pela 18ª rodada do Brasileirão.
Fora de campo, o clube se prepara para mais uma eleição presidencial. O principal nome nesse cenário é o empresário Marcelo Marques, responsável pela compra e doação da Arena, que conta com o apoio de Celso Rigo, também empresário e seu companheiro de chapa. A grande influência que a dupla está exercendo no Imortal vem desenhando uma nova realidade na administração do clube.
Celso Rigo não enxerga SAF como melhor opção
Celso Rigo concedeu, neste domingo (3), uma entrevista à Rádio Gaúcha e explicou como deve ser a nova realidade de gestão do Grêmio, caso Marcelo Marques seja eleito. Para ele, transformar o clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) não é uma opção. “Somos um clube associativo. Fazer uma SAF é entregar a alma pro diabo. É difícil pra quem é torcedor”, disse.
Palmeiras e Cruzeiro usados como exemplo
Na mesma entrevista, o empresário afirmou que o modelo a ser adotado no Grêmio será diferente do que acontece em uma SAF, pois não envolverá grupos externos realizando investimentos, mas sim gremistas que farão os aportes financeiros. Para Rigo, Palmeiras e Cruzeiro são bons exemplos a serem seguidos.
Mesmo o Cruzeiro sendo uma SAF, o clube mineiro é considerado exemplo para o Tricolor Gaúcho, segundo Rigo, por ter um torcedor – no caso, Pedro Lourenço – como proprietário. Já o Palmeiras continua sendo um clube associativo, que recebeu investimentos importantes para se reestruturar e voltar a conquistar títulos.
Para explicar a ideia, o empresário usou a expressão “SAF caseira” para se referir ao modelo que pretende ver no clube gaúcho. “O que a Leila fez no Palmeiras, o Pedro Lourenço fez no Cruzeiro. É uma SAF já mais caseira, de torcedor, de dirigente e de empresário. É mais ou menos isso que vai acontecer aqui no Grêmio”, explicou.
Marcelo Marques admira Paulo Nobre
O pré-candidato Marcelo Marques já afirmou que o Palmeiras é um exemplo a ser seguido quando o assunto é gestão. O que Paulo Nobre fez a partir de 2014, com continuidade na gestão de Leila Pereira, é um modelo que pode servir de referência para o que ele enxerga como futuro do Grêmio.
“O Palmeiras é um clube da torcida, ele não virou SAF, embora trabalhe como SAF. O Palmeiras não tem dívidas, é referência na base […] quando o Paulo Nobre entrou no Palmeiras, o Palmeiras tinha dificuldade para pagar conta de energia, isso é sabido, ele foi lá e aportou, ‘fechou as torneiras’, ajeitou o clube e o clube, a partir do Paulo Nobre, começou a andar […] Paulo Nobre e Leila Pereira são visões interessantes que a gente não quer copiar, mas é um modelo a ser seguido”, disse Marques em entrevista no programa ‘Os Donos da Bola’, na TV Bandeirantes.

