Edgar Davids no Ajax. Foto Alamy.
O Botafogo mantém a busca por um novo treinador para a temporada de 2026. A saída de Davide Ancelotti, confirmada na última semana, abriu uma lacuna importante no planejamento esportivo. Desde então, a diretoria avalia diferentes perfis antes de avançar em negociações.
A decisão envolve cautela. O clube pretende alinhar o próximo comandante ao projeto esportivo e financeiro, evitando escolhas apressadas. Enquanto isso, nomes surgem nos bastidores e movimentam o noticiário alvinegro.
Edgar Davids aparece como nome inesperado
Um dos nomes que chamaram atenção foi o de Edgar Davids. Segundo informações divulgadas pela Rádio Tupi, o holandês foi oferecido ao Botafogo para assumir o comando técnico na próxima temporada. O contato partiu do estafe do ex-jogador, que demonstrou interesse em trabalhar no futebol brasileiro.
A possibilidade surpreendeu parte da torcida. Davids, conhecido pela carreira marcante como atleta, ainda busca maior consolidação como treinador. Apesar da repercussão, o Botafogo não tomou decisão e segue apenas analisando o cenário.
Experiência ainda curta à beira do campo
Aos 52 anos, Edgar Davids construiu uma trajetória inicial no futebol fora das quatro linhas. Ele atuou como auxiliar técnico do Telstar, da Holanda, e teve uma passagem como treinador principal do Olhanense, em Portugal. O trabalho mais relevante ocorreu ao lado de Louis van Gaal.
Davids integrou a comissão técnica da seleção holandesa na Copa do Mundo de 2022, no Catar. A equipe terminou o torneio invicta no tempo regulamentar, sendo eliminada pela Argentina nos pênaltis. Desde então, o holandês segue vinculado à seleção em funções técnicas.
Peso do nome e histórico como jogador
Se como treinador ainda busca afirmação, como jogador Edgar Davids construiu uma carreira de alto nível. Revelado pelo Ajax, conquistou títulos nacionais, a Champions League e o Mundial de Clubes. No futebol europeu, vestiu camisas de peso como Juventus, Milan, Barcelona, Inter de Milão e Tottenham.
Pela seleção da Holanda, disputou 74 partidas e participou de três Eurocopas e uma Copa do Mundo. A experiência internacional e o perfil competitivo são vistos como possíveis diferenciais, embora não garantam sucesso imediato no banco de reservas.
Recusa de Guanaes muda o cenário
Antes do nome de Davids ganhar força, o Botafogo tinha Rafael Guanaes como prioridade. O treinador do Mirassol foi procurado, mas optou por recusar o primeiro contato. A decisão foi motivada pelo desejo de dar continuidade ao trabalho no clube paulista.
Com a negativa, o Botafogo ampliou o leque de opções. A diretoria passou a considerar perfis distintos, incluindo técnicos estrangeiros e nomes com menos vivência no futebol brasileiro.
Bastidores da saída de Davide Ancelotti
Davide Ancelotti deixou o Botafogo após rescisão em comum acordo. O treinador italiano tinha contrato até o fim de 2026, mas decidiu encerrar o vínculo após discordar da demissão de um membro de sua comissão técnica. A passagem terminou com 32 jogos, 14 vitórias, 11 empates e sete derrotas.
A saída reforçou a necessidade de um alinhamento mais claro entre comando técnico e gestão. Esse fator pesa na escolha do próximo treinador.
Decisão passa por John Textor
A palavra final caberá a John Textor. O acionista majoritário do clube deve se reunir com dirigentes nos próximos dias para avaliar os nomes disponíveis. Após essa etapa, alguns candidatos seguirão para entrevistas diretas.
O processo será centralizado e criterioso. Edgar Davids é, por ora, apenas uma possibilidade entre várias. O Botafogo observa o mercado com atenção, consciente de que a escolha do novo treinador terá impacto direto no rumo esportivo do clube em 2026.
