A temporada de 2020 promete ser desafiadora para o Cruzeiro. Além de recolocar o clube na elite do futebol brasileiro, a nova gestão precisará lidar com a maior crise financeira da história da Raposa. De longe, o Atlético acompanha a situação dramática vivida pelo rival.
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Desde que assumiu a presidência do Atlético, Sérgio Sette Câmara destacou a importância da austeridade fiscal. Em entrevista à TV Record, o mandatário avalia as causas que levaram o cenário fiscal caótico dos cruzeirenses.
“Quando eu fui eleito presidente do Atlético, eles (Cruzeiro) estavam muito bem. Haviam conquistado a Copa do Brasil, mantiveram o elenco e ganharam outra em seguida. Na época fizeram muitas outras contratações que eu enxergava incabíveis, pois tinha o mesmo endividamento e orçamento que o nosso, mas uma folha salarial muito superior. A gente conhece a fonte de receita e imaginávamos que ali as coisas não iriam andar bem”, declarou.
“A imprensa muitas vezes, não digo que ela é culpada, mas enalteceu demais o time deles e apequenou a minha situação aqui no Atlético, fazendo um contraponto como se lá pensava grande e aqui não. Eu tenho muita responsabilidade, sou advogado e conheço bem essa área empresarial. Eu e minha equipe financeira sabíamos que aquilo não acabaria bem, como de fato não acabou. Nós sangramos eu diria por dois anos, apanhamos muito da torcida que muitas vezes é levada a pensar que nós não queremos fazer contratações. Nós pensamos no Atlético do amanhã, do futuro e para isso é preciso você dar uma estagnada, manter um time razoável e tentar pagar conta”, completou.
Na mesma entrevista, Sette Câmara explicou que dívidas de outras gestões impediram o investimento em grandes reforços.
Vibrou com o rebaixamento?
“Eu não posso dizer que não fiquei satisfeito em ver o Cruzeiro rebaixado. O Atlético também já caiu, fomos tripudiados. Isso faz parte da cultura do futebol, desde que não tenha violência. Fica no âmbito da brincadeira”.
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