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Copa do Brasil 2020: conheça a história do Tricolor que quase já foi rubro-negro, o Bahia de Feira

Mudanças de identidade e busca por se afirmar entre os grandes do Estado e os maiores do Nordeste marcam a história do Bahia de Feira

Samuel de Brito
Colaborador do Torcedores.com.

Azul, vermelho e branco, tricolor, da Bahia e leva o nome do Estado. As características até são as mesmas do time dirigido por Roger Machado. Mas na verdade estamos falando do Bahia de Feira de Santana. Clube fundado na cidade homônima, a segunda maior do Estado, a 116 km da capital Salvador, no dia 2 de julho de 1937 e que hoje é uma das mais tradicionais equipes do interior nordestino. Assim como o Bahia mais conhecido, também é tricolor e com mesmas cores, mas nem sempre foi assim.

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Em 1969, passou a se chamar Feira Esporte Clube e a mudança foi acompanhada nas cores, um uniforme listrado em amarelo e vermelho passou a ser utilizado, isso por três anos, até 1972, quando finalmente o time retornou as cores originais e mudou o nome para Associação Desportiva Bahia de Feira, o que permanece até hoje. Mas esse processo foi demorado e o Bahia só conseguiu retornar a elite do futebol baiano em 1983, tendo uma presença discreta entre descensos e acessos até o ano de 2009.

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Mudança de gestão

Neste ano, o Tremendão, como é chamado carinhosamente pelos torcedores, passou por mudanças de gestão que prometeram revolucionar o papel do Bahia no Estado. As atividades do clube passaram por mudanças, sendo o transformado em um clube empresa e o Grupo Nobre assumiu a direção do time. A partir daí, o clube cujo o mascote é o Cangaceiro, reafirmando assim sua nordestinidade, conquistou títulos importantes. Em 2009, sob a nova direção, foi tricampeão da segundona baiana e conseguiu chegar às semifinais da elite no ano seguinte, chegando a vencer os grandes Bahia e Vitória no mesmo ano.

E o ano da glória mesmo foi 2011, com um sucesso ainda maior: campeão baiano pela primeira vez na história. E impedindo o inédito pentacampeonato do Vitória, em pleno Barradão, placar agregado de 3 a 2. Apesar de ter saído atrás no placar, manteve a determinação e dominou a equipe da capital no segundo tempo. Com a conquista do Tremendão, o título de campeão baiano voltou para Feira de Santana após 42 anos. A última vez que Feira havia conquistado o troféu era em 1969, com o Fluminense, maior rival do Bahia. Por isso, a pequena torcida do Tricolor do interior festejou bastante no Barradão e depois tomou as ruas de Feira de Santana.

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Em 2012 o clube fez outra boa campanha, liderando o Campeonato Baiano durante algumas rodadas, porém acabou na quinta posição. Na Copa do Brasil, seguiu até a segunda fase, após eliminar o Aquidauanense do Mato Grosso do Sul, o clube esbarrou com o São Paulo e foi eliminado sem jogo de volta, pelo placar de 5 a 2.

Um Bahia rubro-negro?

Em 2013, o clube quase virou a casaca e passaria por mudanças mais uma vez. A diretoria comunicou no site oficial que havia fechado parceria com o Vitória e passaria a se chamar Esporte Clube Feira de Santana, mudando assim as cores para rubro-negras, o escudo e o hino também receberiam modificações. Porém, a ideia não foi para frente, pois a CBF não autorizou as mudanças.

O único Bahia que tem estádio

Já em 2018, buscando se firmar entre os grandes do estado, o Bahia de Feira deu mais um salto na sua história com a inauguração da Arena Cajueiro, inclusive o time atuou neste estádio durante o Campeonato Baiano de 2019. O Tremendão passou a ter um dos dois estádios próprios de times de futebol na Bahia, o outro é o Barradão. Dentro do maior centro de treinamento do interior da Bahia, capacidade para 4 mil pessoas. O campo possui gramado sintético com certificado de excelência pela Fifa.

No ano de 2019, o Bahia de Feira ficou próximo de repetir o feito de seu melhor ano, mas acabou com o vice-campeonato baiano frente ao Bahia, na Arena Fonte Nova. Para 2020, o Bahia de Feira disputará novamente o Brasileirão na Série D, o Campeonato Baiano e a Copa do Brasil, encarando o Luverdense na primeira fase.

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