Dois anos de Mahomes: troca de Alex Smith com os Redskins proporcionou renascimento dos Chiefs na NFL

Desde o primeiro momento em que Patrick Mahomes assumiu o posto de quarterback titular dos Chiefs a franquia renasceu na liga. Com um braço potente e pernas que permitem mobilidade e agilidade nos campos, o camisa 15 tem se mostrado a melhor escolha após a troca de Alex Smith com o Washington Redskins. Desde que cada um traçou um rumo diferente, muita coisa mudou nos últimos dois anos e provocou o “fim” de um e êxtase com o outro.

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A troca

Após cinco temporadas nos Chiefs, Alex Smith acabou sendo trocado para o Washington Redskins. A franquia que tinha acabado de perder Kirk Cousins que assinou com os Vikings decidiu trazer o jogador de 34 anos para conseguir elevar o rendimento da posição. A saída era visto por todos os lados como uma ótima troca pois Mahomes tinha muito potencial para ser reserva em Kansas City, Smith tinha a chance de comprovar o bom desempenho em uma franquia carente de bons jogadores e os Redskins queriam um novo franchise player.

No entanto, a história se mostrou favorável a um dos lados. A primeira temporada como titular dos Mahomes foi excepcional como mais de 5000 jardas passadas, 50 touchdowns, eliminação precoce na final de conferência e o prêmio de MVP da temporada. Alçar o jovem em uma equipe totalmente preparada para receber o camisa 15 ajudou e muito a transformar Patrick Mahomes em um astro da equipe. Por outro lado, Alex Smith chegou para ser o cara dos Redskins e até foi bem nos primeiros jogos, mas as lesões começaram a aparecer e um problema na perna retirou o jogador das temporadas 2018 e 2019.

O problema de Alex Smith se mostrou muito mais sério ao longo do tempo. O jogador que foi convocado três vezes ao Pro Bowl, não conseguiu se recuperar e só tornou mais dramático a situação da posição de quarterback nos Redskins. A equipe teve quatro jogadores testados e que não tiveram sequência por motivos de lesão ou qualidade técnica. O último foi Dwayne Haskins (15ª escolha do draft vindo de Ohio State), jovem promessa que teve algumas oportunidades e vem tendo Alex Smith como “técnico particular”.

O fenômeno Mahomes

Foram duas temporadas excelentes de Patrick Mahomes que certamente credenciam o jovem de 24 anos a ser um dos maiores da franquia dos Chiefs. A impressão que ficou é que a temporada anterior já poderia ser concluída com a disputa de um Super Bowl. O maior problema é que no meio estava Tom Brady e os Patriots, que mesmo jogando sobre o clima hostil do Arrowhead Stadium não se abateu e chegou na final da NFL. Apesar da derrota em 2019, Mahomes voltou com ainda mais fome para 2020 em busca de superar o feito.

A lesão na semana 5 ameaçou o futuro da temporada, que apesar de voltar ao times nas semanas seguintes, Mahomes não estava 100%. Só que o que poderia ser um sinal de alerta, sumiu aos poucos como se nunca existisse. O camisa 15 foi crescendo de produção, lançando mais forte, ficando menos com a bola, correndo quando preciso e foi assim que os Chiefs garantiram a folga na primeira rodada. Contra os Texans se esperava um grande jogo que foi totalmente apagado por um 24 a 0 ainda no início do segundo quarto. Foi então que o camisa 15 realmente entrou no jogo e trouxe a esperança e o barulho da torcida em Kansas City para a histórica virada de 51 a 31. Foram incríveis 7 touchdowns consecutivos (5 passando a bola) e 321 jardas.

Contra os Titans, o favoritismo era todo de Kansas City apesar da surpreendente escalada de Tennessee. Com 10 a 0, os Chiefs viram novamente o filme quase se repetindo, mas o final foi o mesmo. Recuperação essencial de Mahomes, cinco TD’s e vitória por 35 a 28. Agora a próxima e última parada da temporada será em Miami, no Hard Rock Stadium. Contra San Francisco, o último confronto separa o fatídico destino de Patrick Mahomes em ser campeão do Super Bowl. Será dessa vez? É preciso esperar o jogo do dia 2 de fevereiro para saber, mas que o camisa 15 caminha para ser um dos maiores da liga isso ninguém discute.

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