Home Futebol Mãe de jovem que morreu no Ninho do Urubu critica postura do Flamengo: “Querem que caia no esquecimento”

Mãe de jovem que morreu no Ninho do Urubu critica postura do Flamengo: “Querem que caia no esquecimento”

Rykelmo foi uma das vítimas do incêndio que ocorreu no CT do Flamengo

Bruno Romão
Bruno Romão atua como redator do Torcedores.com na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Em entrevista ao canal ”Band Sports”, Rosana de Souza, mãe do jovem que faleceu na tragédia no Ninho do Urubu, falou sobre como o clube carioca vem lidando com a situação. Para ela, a conduta dos dirigentes rubro-negros não vem sendo adequada. Isso porque há um suposto descaso em relação as vidas que foram perdidas no trágico episódio.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Você conhece o canal do Torcedores no Youtube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram

Dessa forma, ela revelou que o Flamengo não estaria pagando nenhuma pensão mensal. Sendo assim, houve uma cobrança para que houvesse mais humanidade e que tudo não venha a ser esquecido.

”(O Flamengo não ajuda em) nada. Não tenho ajuda psicóloga porque não aceitei. Tem a pensão que eles dizem ser R$ 5 mil, eu não tive. Recebi dois meses, e não recebi mais. O Flamengo não entra em acordo, não vai até a família. Eles querem que caia no esquecimento. Para eles, quem tem valor, são esses que estão aí. Não tenho nada contra os jogadores ou a nação rubro-negra. A diretoria tinha que ter o mínimo de consciência e humanidade, e resolver esse problema. Fiz de tudo para entrar em acordo com o Flamengo, mas só recebi humilhação.”O Flamengo não tinha direito de pagar o pai do Rykelmo. Eu tenho a guarda das crianças, eu que assinava contrato e que participava de tudo. O Flamengo aproveitou para fazer média e fechou com o pai”, declarou.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Após a perda do filho, Rosana relatou como está sendo difícil lidar com a perda. Diante disso, também houve um questionamento sobre a falta de segurança oferecida para os jovens nas dependências do Ninho do Urubu.

”A minha vida é um vazio. Às vezes eu penso que não estou aqui de tanta dor e de tanta falta que meu filho me faz. Ele era meu companheiro. Ele foi um menino que saiu cedo e amadureceu cedo. A bola era a vida dele, era um sonho que ele tinha de ser jogador e ele lutou bravamente. Sinto falta do meu filho, dele me ligar… Estes meses, que são época de férias, final de ano, ele sempre tava comigo no mercado para comprar as coisas da ceia e esse ano não tive meu menino. Só uma mãe que perde um filho é que sabe a dor da falta. O que dói é que esses meninos eram privados de certas coisas. Se meu filho tivesse saído para um baile funk, uma boate Kiss, era uma outra coisa, eu saberia que ele poderia estar correndo risco. Mas eu levei meu filho no aeroporto para levar ao Flamengo. Dei meu filho para tomarem conta, acreditei que eles seriam responsáveis. Mas meu filho se foi. Foram muito irresponsáveis. A dor é maior porque eu confiei meu filho ao clube. O Flamengo teve aplausos, troféus, prêmios… E o que nós tivemos esse ano? Choro, dor e um caixão”, completou.

Veja abaixo o depoimento completo.

PUBLICIDADE

LEIA MAIS

 

PUBLICIDADE

 

Better Collective