A única medalhista olímpica do Irã disse que desertou da República Islâmica em uma carta publicada em sua rede social. A atleta descreve a si mesma como “uma das milhões de mulheres oprimidas no Irã”.
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A atleta de taekwondo Kimia Alizadeh conquistou o ouro na modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Posteriormente, a publicação uma agência de notícias semi-oficial ISNA do Irã afirmou que a esportista havia fugido para a Holanda.
Na mensagem escrita por Kimia Alizadeh, a atleta criticou o uso obrigatório do hijab e acusou as autoridades do Irã de sexismo e maus-tratos.
“O que eles disseram, eu vesti. Todas as frases que eles pediram, eu repeti”, mencionou no texto.
Além disso, Kimia Alizadeh descreveu a decisão de deixar o Irã como difícil, mas necessária. Por outro lado, imprensa local alega que a atleta foi ferida e incapaz de competir. Depois disso, a esportista do Taekwondo poderá tentar competir sob a bandeira de outra nação nos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio.
Para esclarecer, sua deserção não tem relação a tensões entre o Irã e os Estados Unidos. Entretanto, nos últimos anos, muitos atletas iranianos deixaram o país, alegando pressão do governo.
Em setembro de 2019, Saeed Mollaei, judoca iraniana, deixou o país para a Alemanha. Ele disse que as autoridades iranianas a obrigaram a não competir contra uma atleta de Israel. Posteriormente, Alireza Faghani, um árbitro internacional de futebol iraniano, também deixou o país e foi para a Austrália.